Após a divulgação oficial do Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PlanMob), ontem, no Diário Oficial do Município (DOM), o prefeito Márcio Lacerda anunciou, na manhã desta quarta-feira, que, pelo menos na administração dele, não serão implantadas “medidas extremas”, como o rodízio de veículos e a cobrança do pedágio urbano, previstas no PlanMob.
“Tais medidas podem até virem a ser implantadas na capital, mas não em nossa administração”, reforçou o prefeito, lembrando que ambas se tratam de políticas de mobilidade urbana nacional. Ainda de acordo com Lacerda, por enquanto, a questão é tentar solucionar o problema do trânsito em Belo Horizonte com a extensão do metrô (Savassi-Belvedere) e do BRT (Contagem-Betim), o que levaria a população local a não depender tanto de automóveis, como acontece atualmente.
Conforme o Decreto 15.317, que institui o PlanMob, o município poderá adotar “a restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados”. Em outro tópico, o documento autoriza a “aplicação de tributos sobre os modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade”. A arrecadação, segundo o o texto, seria destinada exclusivamente à infraestrutura para o transporte público e não motorizado, além de financiamento de subsídio à tarifa de transporte coletivo.