A perícia técnica da polícia italiana voltou, na manhã desta quinta-feira, ao escritório da Alpi Aviation do Brasil, em Gambarra, na Itália, onde a uberlandense Marília Rodrigues da Silva Martins, de 29 anos, foi achada morta na semana passada. Eles procuram pistas e outros vestígios do crime, como marcas de sangue.
Conforme a agência de notícias Ansa, a advogada do empresário Claudio Grigoletto, principal suspeito do crime, acompanha os trabalhos. O promotor Ambroglio Cassiani, que investiga o caso, esteve no local. O carro e uma aeronave que teriam sido conduzidas por Grigoletto na quinta-feira passada, quando o crime teria ocorrido, também serão periciados. A defensora do empresário informou ontem que pode apresentar um álibi ao cliente a partir da análise deles, pois o homem estaria pilotando a aeronave quando a mulher foi morta.
Na quarta-feira, a Justiça italiana manteve a prisão de Grigoletto. Durante um interrogatório, ele revelou que mantinha um relacionamento extraconjugal com a turismóloga e que suspeitava que o filho que ela esperava fosse dele, fato que foi confirmado com um exame de DNA.
Entenda o caso
O corpo de Marília foi encontrado pelo chefe dela na sexta-feira. Com vários ferimentos no rosto e na nuca, ela estava caída no escritório, com um forte cheiro de gás, causado por um vazamento da caldeira. A hipótese de um acidente foi descartada já no início das investigações, após a autópsia. Segundo a exame, ela foi estrangulada.
Claudio Grigoletto foi o responsável por oferecer o emprego a Marília. Ele foi ouvido em 3 de setembro e a prisão dele foi pedida pelo Ministério Público sob acusação de homicídio, tentativa de ocultação de cadáver e aborto. Apesar de não ter confessado o crime até o momento, os investigadores da Itália acreditam que ele tenha matado a jovem para tentar salvar seu casamento, “eliminando” a chance de descoberta da amante e seu filho. Ele chegou a criar uma conta falsa de e-mail para atribuir a uma outra pessoa uma suposta relação com a brasileira.
Marília morava na Itália há 10 anos e estava sem parentes no país europeu desde que sua mãe retornou ao Brasil. De acordo com familiares, na maior parte do tempo, ela trabalhou como aeromoça, tendo prestado serviços para pelo menos três companhias. Em janeiro, começou a trabalhar no escritório da Alpi Aviation em Gambara. Segundo um amigo da família, Marília teria revelado para pessoas mais próximas que o empresário Cláudio Grigoletto, depois de iniciar o relacionamento com ela, teria dito que estava se separando da mulher, mas na prática permanecia casado.
O pai da turismóloga, o empresário Anderson Martins, e o tio da jovem Fernando Martins, que é promotor em Uberlândia, viajaram para a Itália para providenciar a liberação e o traslado do corpo. Ontem, a mãe também embarcou para o país. Segundo a chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais, Chyara Pereira, a previsão era de que o corpo fosse liberado na quarta para traslado ao Brasil. Marília será sepultada em Uberlândia.
(Com informações de Luiz Ribeiro e Landercy Hemerson)
Conforme a agência de notícias Ansa, a advogada do empresário Claudio Grigoletto, principal suspeito do crime, acompanha os trabalhos. O promotor Ambroglio Cassiani, que investiga o caso, esteve no local. O carro e uma aeronave que teriam sido conduzidas por Grigoletto na quinta-feira passada, quando o crime teria ocorrido, também serão periciados. A defensora do empresário informou ontem que pode apresentar um álibi ao cliente a partir da análise deles, pois o homem estaria pilotando a aeronave quando a mulher foi morta.
Na quarta-feira, a Justiça italiana manteve a prisão de Grigoletto. Durante um interrogatório, ele revelou que mantinha um relacionamento extraconjugal com a turismóloga e que suspeitava que o filho que ela esperava fosse dele, fato que foi confirmado com um exame de DNA.
Entenda o caso
O corpo de Marília foi encontrado pelo chefe dela na sexta-feira. Com vários ferimentos no rosto e na nuca, ela estava caída no escritório, com um forte cheiro de gás, causado por um vazamento da caldeira. A hipótese de um acidente foi descartada já no início das investigações, após a autópsia. Segundo a exame, ela foi estrangulada.
Claudio Grigoletto foi o responsável por oferecer o emprego a Marília. Ele foi ouvido em 3 de setembro e a prisão dele foi pedida pelo Ministério Público sob acusação de homicídio, tentativa de ocultação de cadáver e aborto. Apesar de não ter confessado o crime até o momento, os investigadores da Itália acreditam que ele tenha matado a jovem para tentar salvar seu casamento, “eliminando” a chance de descoberta da amante e seu filho. Ele chegou a criar uma conta falsa de e-mail para atribuir a uma outra pessoa uma suposta relação com a brasileira.
Marília morava na Itália há 10 anos e estava sem parentes no país europeu desde que sua mãe retornou ao Brasil. De acordo com familiares, na maior parte do tempo, ela trabalhou como aeromoça, tendo prestado serviços para pelo menos três companhias. Em janeiro, começou a trabalhar no escritório da Alpi Aviation em Gambara. Segundo um amigo da família, Marília teria revelado para pessoas mais próximas que o empresário Cláudio Grigoletto, depois de iniciar o relacionamento com ela, teria dito que estava se separando da mulher, mas na prática permanecia casado.
O pai da turismóloga, o empresário Anderson Martins, e o tio da jovem Fernando Martins, que é promotor em Uberlândia, viajaram para a Itália para providenciar a liberação e o traslado do corpo. Ontem, a mãe também embarcou para o país. Segundo a chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais, Chyara Pereira, a previsão era de que o corpo fosse liberado na quarta para traslado ao Brasil. Marília será sepultada em Uberlândia.
(Com informações de Luiz Ribeiro e Landercy Hemerson)