Comerciantes de dois bairros de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão mais aliviados com a prisão de dois homens suspeitos de cometerem oito assaltos em menos de um mês na região. As investigações apontaram que o prejuízo causado pelos criminosos é superior a R$ 50 mil. Para enganar a polícia, a dupla chegava a adulterar placas de veículos usados nos crimes.
Os dois homens, Luiz Carlos Pinheiro da Silva e Carlos Alberto Júnior Gonçalves Pereira, ambos de 24 anos, começaram a ser investigados depois que houve um aumento de assaltos nos bairros Imbiruçu e Capelinha. Durante as apurações, conduzida pelo delegado Vinícius Augusto de Souza Dias, a polícia teve acesso a imagens das câmeras de segurança de um dos oito estabelecimentos roubados pelos criminosos em menos de 30 dias. As vítimas foram chamadas à delegacia e reconheceram os assaltantes.
Em todos os roubos, a dupla agia da mesma forma. Sempre chegavam em um Fiat Uno ou uma moto e rendia as vítimas com uma arma de fogo. “Para dissimular a atuação deles, furtavam outros carros, retirava as placas e colocavam nos veículos utilizados nos crimes. Um dos automóveis roubados pertencia a uma locadora de Belo Horizonte”, explica o delegado.
Em 28 de julho, os policiais conseguiram identificar onde os suspeitos estavam e conseguiram efetuar as prisões. Com Luiz Silva e Carlos Alberto foram encontradas 30 pedras de crack e 37 papelotes de cocaína. Na delegacia, negaram os crimes. “Em um primeiro momento negaram o crime. Mas informalmente confirmaram os fatos. Como já têm várias passagens pela polícia, ao serem questionados novamente se reservaram no direito de se manterem calados”, diz Vinícius Dias.
A polícia ainda busca uma terceira pessoa que pode ter relação com os crimes. “Não encontramos a moto usada em alguns crimes. Suspeitamos que ela pode estar com uma terceira pessoa que possa ter envolvimento com eles”, afirma o delegado. Os dois criminosos estão presos preventivamente no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) Betim. Eles vão responder por porte ilegal de arma, roubo qualificado, adulteração de placas de veículos e tráfico de drogas. “Estavam despreocupados com a atuação da polícia achando que não seriam presos. As prisões são importantes para diminuir o índice de criminalidade”, comenta Vinícius Souza.