Integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas continuam ocupando a sede da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MG) no Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles repudiam ordens de despejo emitidas contra famílias que moram em terras no norte do estado há mais de 10 anos e a falta de infraestrutura nas comunidades, que enfrentam falta d'água e energia elétrica.
A condição para negociação com os manifestantes é a saída do prédio porque a ocupação está atrapalhando a rotina do instituto. Na tarde de ontem, funcionários foram impedidos de entrar e sair do imóvel por cerca de duas horas. Segundo a assessoria do Incra-MG, se for mantida obstruir a sede, o instituto vai pedir a reintegração de posse na Justiça e não haverá negociação.
Os membros do LCP, por sua vez, devem pedir uma reunião com o superintendente nacional do Incra. Eles fecharam parte da Avenida Afonso Pena, onde fica a sede, em protestos pela manhã. A decisão dos manifestantes é fechar a via em intervalos de uma hora, durante esta terça-feira.