O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MG) entrou com um pedido de reintegração de posse na justiça federal em função dos trabalhadores rurais que ocupam o prédio da superintendência, no Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul de BH, desde a manhã desta terça-feira. Ainda não houve negociação com os manifestantes. Eles pretentem continuar fechando a Avenida Afonso Pena em intervalos de 1h.
Os Integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas repudiam ordens de despejo emitidas contra famílias que moram em terras no norte do estado há mais de 10 anos e a falta de infraestrutura nas comunidades, que enfrentam falta d'água e energia elétrica.“Tem gente que viajou mais de 14 horas para ser ouvido pelo Incra, por isso a ocupação continua até que isso seja possível. E há pessoas que moram há 15 anos na mesma terra e estão sendo ameaçadas agora pela reintegração, é um absurdo essa situação”, afirma Mácio Mário Lúcio de Paula, integrante da LCP.
Na tarde de ontem, quando o prédio foi ocupado pela primeira vez, aproximadamente 100 servidores do órgão foram impedidos de entrar e sair do imóvel por cerca de duas horas e só foram liberados com a chegada da Polícia Militar (PM). De acordo com o Incra-MG, alguns funcionários chegaram a ser agredidos verbalmente e um até fisicamente.