No fim desta terça-feira, depois de mais de 30 horas de ocupação, os trabalhadores rurais decidiram deixar o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MG), no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de BH. Mais cedo, o órgão já tinha pedido a reintegração de posse do imóvel.
Reivindicações
Os Integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas repudiam ordens de despejo emitidas contra famílias que moram em terras no Norte do estado há mais de 10 anos e a falta de infraestrutura nas comunidades, que enfrentam falta d'água e energia elétrica."Tem gente que viajou mais de 14 horas para ser ouvido pelo Incra, por isso a ocupação continua até que isso seja possível. E há pessoas que moram há 15 anos na mesma terra e estão sendo ameaçadas agora pela reintegração, é um absurdo essa situação", afirma Mácio Mário Lúcio de Paula, integrante da LCP.
Na tarde de ontem, quando o prédio foi ocupado pela primeira vez, aproximadamente 100 servidores do órgão foram impedidos de entrar e sair do imóvel por cerca de duas horas e só foram liberados com a chegada da Polícia Militar (PM). De acordo com o Incra-MG, alguns funcionários chegaram a ser agredidos verbalmente e um até fisicamente.