A primeira etapa do programa Mais Médicos destinou a Minas 44 bolsistas com habilitação para trabalhar apenas no exterior, incluindo 27 cubanos contratados para cidades não escolhidas por nenhum dos inscritos. No entanto, segundo o Conselho Regional de Medicina do estado (CRM-MG), até agora a coordenação do programa federal pediu o registro provisório de apenas 13 profissionais. E o conselho avisa que a análise da documentação entregue não deve ser concluída a tempo de eles se apresentarem aos gestores municipais na segunda-feira, como prevê o cronograma do Ministério da Saúde.
“Por enquanto, não encontramos nenhum problema com a documentação entregue, mas acho pouco provável que consigamos concluir a análise até segunda-feira. É um processo detalhado e de muita responsabilidade, tem que ser feito criteriosamente. A gente libera o profissional para lidar com vidas de outras pessoas”, diz o presidente do CRM-MG, João Batista Gomes.
O conselho analisa a documentação de sete brasileiros e seis estrangeiros — entre eles, uma americana naturalizada brasileira —, formados na Espanha (4), em Portugal (3), Argentina (2), Bolívia (1), Cuba (1), Venezuela (1) e Rússia (1). O grupo não inclui quatro participantes do curso de acolhimento e avaliação em BH, tampouco os 27 cubanos contratados por meio de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e escolhidos para atuar em 23 municípios.
Procurado pelo Estado de Minas, o ministério não explicou por que não pediu registros para os outros bolsistas. Por meio da assessoria, informou apenas que eles continuam tendo que se apresentar aos gestores municipais na segunda-feira. Na segunda rodada de inscrições do programa Mais Médicos, 111 profissionais com habilitação para trabalhar no Brasil forma indicados para atuar em 35 municípios mineiros, segundo o ministério.