O vento que entra pelas janelas cujas vidraças foram quebradas faz as portas dos armários baterem sozinhas como numa cidade fantasmaPias, vasos sanitários, bancadas e outras estruturas foram depredadas ou arrancadasAlimentos podres e até fezes são encontrados no piso do posto, que tem sinais de fogo nas paredesPilhas de garrafas de cerveja se amontoam no local, além de preservativos usadosA antena de rádio de 20 metros de altura, usada para a comunicação dos patrulheiros com a base, já começa a enferrujar.
Segundo o vaqueiro João Batista de Jesus, de 49 anos, o posto está abandonado há quase três anosO trabalhador rural mora com a família a 500 metros do local e está apreensivo com a presença constante de usuários de drogas e assaltantes: “Quando a polícia estava aqui, a gente tinha mais segurançaAgora é o contrário: deixaram o posto para trás e a gente fica preocupado com quem vai fazer bagunça lá”O vaqueiro conta, ainda, que “de vez em quando”, veículos da PRF usam o pátio do espaço para fazer blitzes“Há quatro meses montaram uma blitz no posto, mas foram embora
Motoristas que também sentem a falta do policiamento“Aqui é nosso caminho quando a gente vem do Nordeste para São Paulo e Mato GrossoPassa muita carga valiosa por aquiSem a PRF a gente fica na mão dos bandidosNos postos daqui já ouvi histórias de quem teve a carga levada e ficou amarrado num matagal”, conta o motorista Márcio Roberto Alves, de 42 anos.