(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Posto de Fiscalização na BR-365, em Pirapora, está abandonado pela PRF

O posto de vigilância da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no km 156, foi abandonado e está sendo depredado por andarilhos e vândalos


postado em 12/09/2013 06:00 / atualizado em 12/09/2013 06:57

Ao longo da planície do Rio São Francisco, bem onde a BR-365 corta áreas usadas para projetos de irrigação do governo federal, em Pirapora, no Norte de Minas, uma construção fantasma contrasta com a paisagem de fazendas e cooperativas. O posto de vigilância da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no km 156, foi abandonado e está sendo depredado por andarilhos e vândalos. Em vez de garantir a segurança de quem passa pela estrada e de produtores rurais da região, o local causa medo por causa de roubos e furtos frequentes.

O vento que entra pelas janelas cujas vidraças foram quebradas faz as portas dos armários baterem sozinhas como numa cidade fantasma. Pias, vasos sanitários, bancadas e outras estruturas foram depredadas ou arrancadas. Alimentos podres e até fezes são encontrados no piso do posto, que tem sinais de fogo nas paredes. Pilhas de garrafas de cerveja se amontoam no local, além de preservativos usados. A antena de rádio de 20 metros de altura, usada para a comunicação dos patrulheiros com a base, já começa a enferrujar.

Segundo o vaqueiro João Batista de Jesus, de 49 anos, o posto está abandonado há quase três anos. O trabalhador rural mora com a família a 500 metros do local e está apreensivo com a presença constante de usuários de drogas e assaltantes: “Quando a polícia estava aqui, a gente tinha mais segurança. Agora é o contrário: deixaram o posto para trás e a gente fica preocupado com quem vai fazer bagunça lá”. O vaqueiro conta, ainda, que “de vez em quando”, veículos da PRF usam o pátio do espaço para fazer blitzes. “Há quatro meses montaram uma blitz no posto, mas foram embora. Não dá nem para ficar lá dentro (do posto), porque está tudo fedendo e o banheiro não funciona”, afirma. João Batista conta ainda que há seis meses foi roubada a bomba de água que ficava perto do posto e abastecia produtores da região. “Trocamos por uma bomba cimentada, mais difícil de levar”.

Motoristas que também sentem a falta do policiamento. “Aqui é nosso caminho quando a gente vem do Nordeste para São Paulo e Mato Grosso. Passa muita carga valiosa por aqui. Sem a PRF a gente fica na mão dos bandidos. Nos postos daqui já ouvi histórias de quem teve a carga levada e ficou amarrado num matagal”, conta o motorista Márcio Roberto Alves, de 42 anos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)