“Essa questão é séria pois 40% da fazenda consiste em área de preservação ambiental, mas a mata vem sendo incendiada e destruídaAlém disso, cenas de violência vêm ocorrendo na fazenda, como disparos de tiros”, explica Otávio Werneck, um dos donos do terreno"Ele diz ainda que as medidas cabíveis para cumprimento da ordem estão sendo tomadas"Na quarta-feira, tivemos uma reunião com o Prefeito Márcio Lacerda para tratarmos do casoEntretanto, ele não pode fazer nada, já que a Polícia Militar é responsável por cumprir a liminar de reintegração de posse e a PBH não tem autoridade sobre a corporaçãoPor isso, devemos tentar uma solução com o Governo do Estado,” conclui.
Ainda segundo o proprietário, a Polícia Militar confirmou o recebimento da liminar de reintegração de posse, mas alegou que segue uma lista de prioridades e que não há previsão para cumprimento da ordem judicialProcurada pela reportagem do EM.com, a Polícia Militar informou que não há relatos de ocorrências de tiros no local e que ainda não foi comunicada sobre a ordem judicial.
Entenda o caso
Em 2008, o Consórcio Santa Margarida (formado pelas empresas de engenharia civil Rossi Residencial e Direcional), procurou os herdeiros da família Werneck com uma proposta de construir no local um empreendimento residencial que contemplaria moradores da cidade pelo programa Minha Casa Minha Vida, do Governo federalO projeto previa a construção de cerca de 19 mil apartamentos nas três faixas de renda contempladas pelo programaAs obras deveriam começar em 2013 mas, no dia 4 de agosto, cerca de 300 famílias invadiram o terreno e montaram barracasO número de pessoas foi crescendo no local e hoje há quase 800 famílias ocupando a Granja