O empresário italiano Claudio Grigoletto confessou o assassinato da turismóloga mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos. Principal suspeito do crime, o chefe e pai do filho que a jovem esperava está preso preventivametne desde o dia 3 de setembro. Segundo a Agência Italiana de Notícias (Ansa), o promotor Ambrogio Cassiani disse que Grigoletto assumiu o crime nesta sexta-feira, mas deu uma versão diferente para o que aconteceu.
De acordo com o Giornale di Brescia, Grigoletto disse que os dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher teve após a queda. Essa versão, no entanto, é contestada pelos investigadores. A perícia feita pela polícia italiana mostrou que a jovem morreu por estrangulamento, não em decorrência de uma queda. Na ocasião, também foi detectado que uma mangueira da caldeira de gás do escritório estava solta. A polícia suspeitou que o vazamento foi intencional.
O corpo de Marília deve chegar ao Brasil hoje. O velório e sepultamento serão à tarde na cidade de Uberlândia, onde vive a família dela. A jovem foi encontrada morta no dia 30 de agosto no escritório da Alpi Aviation do Brasil, na cidade de Gambarra. Ela vivia há 14 anos na Itália. Durante as investigações, a polícia descobriu que ela e o patrão tinham um caso e a jovem estava grávida de cinco meses. Casado e pai de outros dois filhos, Grigoletto teria matado a jovem para “salvar o casamento”.
Protesto
Na tarde desta sexta-feira, membros da comunidade ítalo brasileira na cidade de Bergamo vão participar de uma manifestação contra a morte da brasileira e em apoio à família da jovem. Por meio do protesto, o grupo pretende sensibilizar as autoridades e a população para o combate aos crimes violentos, especialmente contra as mulheres.