A Polícia Civil vai pedir a prisão preventiva de seis homens que atearam fogo em um ônibus em Juiz Fora, na Região da Zona da Mata. O atentado aconteceu nessa quinta-feira no Bairro Santa Cruz, na Zona Norte da cidade. O motorista, o trocador e cinco passageiros conseguiram escapar ilesos antes que as chamas espalhassem pelo veículo. Nesta sexta-feira, o delegado Rodolfo Ribeiro Rolli, da 3ª Delegacia, ouviu um dos envolvidos que negou os crimes. Todos os membros da quadrilha já foram identificados.
O motorista do ônibus foi abordado por volta da meia-noite de quinta-feira quando passava pela Rua Maria Cândida de Jesus. As imagens das câmeras do coletivo flagraram quando os seis homens aparecem na frente do veículo com armas em punho. Com os rostos cobertos com toucas ninjas, os criminosos renderam o motorista e mandaram descer. Assustados, passageiros também correram quando viram a atuação da quadrilha.
Dois dos homens espalharam um líquido inflamável pelo veículo e em seguida arremessaram dois coquetéis molotov. As chamas espalharam rapidamente e foi contida por um morador da região, que usou uma mangueira para apagar o fogo. O grupo fugiu.
Analisando as imagens do circuito interno do ônibus e com informações de testemunhas, a polícia conseguiu identificar os suspeitos do crime. “Eles fazem parte de uma quadrilha, conhecida como 'Bonde do Scooby', que foi desmantelada em 2010. Na ocasião, 10 maiores foram presos e outros seis adolescentes apreendidos. Porém, os menores foram soltos e estão tentando voltar com a organização criminosa”, explica o delegado Rodolfo Rolli.
A quadrilha é suspeita de ter cometido pelo menos 10 homicídios na cidade, além de roubos a mão armada e outros crimes. Segundo a polícia, o irmão do líder do bando, que segue preso desde 2010, é o um dos responsáveis pelo atentado. Ele foi identificado e ouvido pela polícia. “O jovem nega ter cometido os crimes. Fala que estava na casa da namorada. Porém, o horário que ele diz que deixou a garota em casa, bate com o horário do atentado. Além disso, ela mora próxima ao local onde tudo aconteceu”, afirma Rolli. Por não ter sido preso em flagrante, o suspeito foi ouvido e liberado.
De acordo com o delegado, a prisão preventiva dos seis homens deve ser pedida no máximo até segunda-feira. Todos vão responder por formação de quadrilha, dano ao patrimônio público qualificado e porte ilegal de arma.