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Estado de Minas

Corpo de mineira assassinada na Itália é sepultado neste sábado em Uberlândia

O empresário italiano Claudio Grigoletto, que está preso pelo crime, confessou o homicídio


postado em 14/09/2013 11:23 / atualizado em 14/09/2013 12:08

Marília Martins estava grávida de cinco meses do empresário suspeito do crime(foto: Reprodução Facebook )
Marília Martins estava grávida de cinco meses do empresário suspeito do crime (foto: Reprodução Facebook )

O corpo da turismóloga mineira Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, assassinada na Itália no início deste mês, foi sepultado, às 9h30 deste sábado, no Cemitério Campo Bom Pastor, em Uberlândia, Região do Triângulo Mineiro. O translado do corpo foi feito na madrugada da última sexta-feira. Os restos mortais chegaram no aeroporto de São Paulo por volta das 5h de sexta, porém os trâmites legais atrasaram o transporte para Uberlândia e o velório começou por volta das 20h.

O empresário italiano Claudio Grigoletto, que está preso pelo crime, confessou o homicídio. Para a família da vítima, a confissão foi uma estratégia do homem para escapar da prisão perpétua. A jovem foi encontrada morta no dia 30 de agosto no escritório da Alpi Aviation do Brasil, na cidade de Gambarra. Ela vivia há 14 anos na Itália. Durante as investigações, a polícia descobriu que ela e o patrão tinham um caso e a jovem estava grávida de cinco meses. Casado e pai de outros dois filhos, Grigoletto teria matado a jovem para “salvar o casamento”.

O tio de Marília elogiou a investigação das autoridades italianas. “Eu fiquei confortável com o nível de investigação feita pelo promotor Ambrogio Cassiani. Demonstrou ter um excelente conhecimento dos fatos e conseguiu bastante fatos probatórios. Usou artifícios que a polícia mineira não tem”, comentou Martins.

Informações de jornais italianos dão conta de que o empresário confessou o assassinato da mineira na última sexta. Grigoletto disse que os dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher teve após a queda. Essa versão, no entanto, é contestada pelos investigadores. A perícia feita pela polícia italiana mostrou que a jovem morreu por estrangulamento, não em decorrência de uma queda.

Para Martins, a confissão pode ser uma estratégia do empresário para se livrar da prisão perpétua. “No processo penal italiano, quando o réu confessa ele cai em uma situação de processo primário e negocia a pena. Neste caso tem que cumprir no mínimo 20 anos e depois poderá ser solto. No procedimento normal ele pegaria prisão perpétua. Com certeza a confissão foi uma estratégia. Mas tem uma outra visão, porque na parte cível ele terá de indenizar a família da vítima”, afirmou o tio de Marília.


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