O acusado é líder comunitário da Vila Pedreira Santa Rita, no Bairro Cidade Industrial, Contagem, Grande BH“O José Nunes é influente, bastante conhecido na comunidade pelos trabalhos sociais e até mesmo temido por sua ligação com alguns traficantes de drogasAs testemunhas ficaram com receio de fazer as denúncias, mas elas afirmaram que é comum a presença de crianças na residência dele, já que ele é doceiro”, informou a delegada Mariana
Segundo ela, o exame de corpo de delito na adolescente, que é neta de criação de Nunes, confirmou a violência sexual, mas deu impreciso sobre ter havido conjunção carnal.
Ainda segundo a delegada, o caso de estupro da adolescente veio à tona em 2012, quando a menina resolveu contar à mãeA mulher, que é filha de criação do aposentado, procurou a delegacia e revelou a violência sofrida pela filha e afirmou também ter sido abusada por ele quando criança.
Em depoimento, a menina confirmou o estupro“A vítima informou com detalhes sobre os atos libidinosos do avô, que vinha sofrendo desde seus 9 anos, mas alegou não ter havido relação sexualEm um dos abusos, ano passado, o neto biológico do suspeito participou da violência sexual
O idoso negou as acusações de violência sexual, disse estar sendo vítima de uma armação e que a filha de criação fez a cabeça da filha para confirmar a história, com a promessa de deixá-la namorar“Minha filha começou a me exigir R$ 5.000 alegando que tinha direito a uma parte da minha casaComo não atendi o pedido, ela afirmou que iria me prejudicarJá minha neta entrou nessa de me acusar só para poder namorarAs outras meninas que estão me acusando são todas coleguinhas da minha neta”, falou o aposentado.
Estudante de direito contra a lei
O representante comercial e estudante de direito Warley da Silva Braga, de 30, também foi preso anteontem durante a Operação ImpactoSegundo a Polícia Civil, mesmo enquadrado na Lei Maria da Penha, ele vinha descumprindo medida protetiva deferida pela Justiça à ex-mulher dele, perseguindo, agredindo e fazendo ameaças de morte contra a vítimaBraga também foi apresentado ontem na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Contagem
Braga negou as denúncias de agressões e ameaças contra a ex-mulher, mas a delegada Laise Rodrigues afirmou ter ficado comprovada a violência, motivada por não aceitar a separação“O primeiro boletim de ocorrência foi registrado em abril deste ano, quando a vítima foi agredida em frente ao trabalho na frente dos colegas
Apenas dois dias depois de ter espancado a ex, Wesley Braga foi atrás dela novamente e,ignorando a ordem de restrição, fez ameaças, afirmando que criminosos de uma favela de Contagem iriam matá-laJá a versão do suspeito é outra
“Nos separamos porque resolvemos comprar um apartamento e minha mulher estava com restrição no nomeEstamos juntos há 18 anos e temos dois filhosNos damos muito bem, continuamos a nos relacionar”, falou o suspeito, que disse ainda que ele e a mulher têm brigas normais, mas nada de violência“Posso ter dado um empurrão ou apertado o braço dela, mas não passou dissoNosso relacionamento só não é melhor porque infelizmente sou muito mulherengo e ela tem ciúmes”, alegou.