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Estado de Minas

Líder comunitário é preso por estupro da neta e de mais quatro meninas em Contagem

Aposentado abusava de influência que tinha como líder comunitário para ficar impune de crimes, mas acabou preso na Operação Impacto acusado de estuprar a neta de 13 anos e outras quatro meninas


postado em 19/09/2013 09:36 / atualizado em 19/09/2013 09:53

José Gomes Nunes, de 63 anos, alega inocência(foto: Reprodução/TV Alterosa)
José Gomes Nunes, de 63 anos, alega inocência (foto: Reprodução/TV Alterosa)
Aposentado, líder comunitário e acusado de abusar da neta de 13 anos e de outras quatro meninas desde 2010. Esse é o perfil de José Gomes Nunes, de 63 anos, preso anteontem durante a Operação Impacto, realizada na capital, na Grande BH e em cidades do interior de Minas. Ele foi detido durante cumprimento de mandado de prisão e apresentado ontem na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Contagem. As delegadas Laise Rodrigues e Mariana Nascimento afirmaram ter juntado provas que confirmam o crime de estupro contra a neta do idoso.

O acusado é líder comunitário da Vila Pedreira Santa Rita, no Bairro Cidade Industrial, Contagem, Grande BH. “O José Nunes é influente, bastante conhecido na comunidade pelos trabalhos sociais e até mesmo temido por sua ligação com alguns traficantes de drogas. As testemunhas ficaram com receio de fazer as denúncias, mas elas afirmaram que é comum a presença de crianças na residência dele, já que ele é doceiro”, informou a delegada Mariana.

Segundo ela, o exame de corpo de delito na adolescente, que é neta de criação de Nunes, confirmou a violência sexual, mas deu impreciso sobre ter havido conjunção carnal.

Ainda segundo a delegada, o caso de estupro da adolescente veio à tona em 2012, quando a menina resolveu contar à mãe. A mulher, que é filha de criação do aposentado, procurou a delegacia e revelou a violência sofrida pela filha e afirmou também ter sido abusada por ele quando criança.

Em depoimento, a menina confirmou o estupro. “A vítima informou com detalhes sobre os atos libidinosos do avô, que vinha sofrendo desde seus 9 anos, mas alegou não ter havido relação sexual. Em um dos abusos, ano passado, o neto biológico do suspeito participou da violência sexual. O adolescente, que confessou envolvimento, está com 16 anos e vai responder por crime análogo ao estupro”, informou a delegada Marina Nascimento.

O idoso negou as acusações de violência sexual, disse estar sendo vítima de uma armação e que a filha de criação fez a cabeça da filha para confirmar a história, com a promessa de deixá-la namorar. “Minha filha começou a me exigir R$ 5.000 alegando que tinha direito a uma parte da minha casa. Como não atendi o pedido, ela afirmou que iria me prejudicar. Já minha neta entrou nessa de me acusar só para poder namorar. As outras meninas que estão me acusando são todas coleguinhas da minha neta”, falou o aposentado.

Estudante de direito contra a lei

O representante comercial e estudante de direito Warley da Silva Braga, de 30, também foi preso anteontem durante a Operação Impacto. Segundo a Polícia Civil, mesmo enquadrado na Lei Maria da Penha, ele vinha descumprindo medida protetiva deferida pela Justiça à ex-mulher dele, perseguindo, agredindo e fazendo ameaças de morte contra a vítima. Braga também foi apresentado ontem na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Contagem.

Braga negou as denúncias de agressões e ameaças contra a ex-mulher, mas a delegada Laise Rodrigues afirmou ter ficado comprovada a violência, motivada por não aceitar a separação. “O primeiro boletim de ocorrência foi registrado em abril deste ano, quando a vítima foi agredida em frente ao trabalho na frente dos colegas. Na ocasião, ela solicitou a medida protetiva que foi negada pela Justiça. Em agosto houve nova agressão”, disse a delegada. Segundo ela, no segundo registro de agressão, a vítima conseguiu a ordem judicial que determinava que o ex deveria manter distância mínima de 200 metros.

Apenas dois dias depois de ter espancado a ex, Wesley Braga foi atrás dela novamente e,ignorando a ordem de restrição, fez ameaças, afirmando que criminosos de uma favela de Contagem iriam matá-la. Já a versão do suspeito é outra.

“Nos separamos porque resolvemos comprar um apartamento e minha mulher estava com restrição no nome. Estamos juntos há 18 anos  e temos dois filhos. Nos damos muito bem, continuamos a nos relacionar”, falou o suspeito, que disse ainda que ele e a mulher têm brigas normais, mas nada de violência. “Posso ter dado um empurrão ou apertado o braço dela, mas não passou disso. Nosso relacionamento só não é melhor porque infelizmente sou muito mulherengo e ela tem ciúmes”, alegou.


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