Devem ser transportados neste fim de semana para Jacutinga, na Região Sul de Minas Gerais, os corpos de quatro mineiros de uma mesma família que morreram em um acidente aéreo na manhã desta sexta-feira em Caldas Novas, interior de Goiás. Eles estavam em uma aeronave, modelo Seneca III, que saiu de Ouro Fino e seguia para Gurupi (TO). Quando passavam por Goiás, onde iriam abastecer a aeronave, houve a queda. A suspeita é que tenha faltado combustível.
A família era dona de fazendas no Sul de Minas onde cria gado. Eles seguiriam para Tocantins onde compraram um novo terreno. A aeronave em que estavam saiu de Rio Verde, em Goiás, na noite de quinta-feira e seguiu para Ouro Fino, no Sul de Minas. Nesta manhã, fazia o retorno para a cidade de origem onde iria abastecer no aeroporto de Caldas Novas e depois seguiria viagem para Gurupi.
Quando a aeronave se aproximava do aeroporto, houve a queda. “Testemunhas informaram que ele veio perdendo altitude e caiu de bico. O trem de pouso já estava em posição e o acidente aconteceu a 800 metros da pista de pouso em uma mata”, explicou o tenente-coronel Mauro Gonçalves de Queiroz, comandante do 9ª Batalhão do Corpo de Bombeiros de Goiás.
Na queda, todos os cinco ocupantes do avião morreram na hora. São eles, o fazendeiro João Batista Consentini, de 53 anos, a esposa dele, Maria Márcia da Silva Consentini, 51, a madrasta de João, Izolina Tumioto de Lima, e o pai João Consentini, de 81 anos. O piloto da aeronave, Zilmar Alves Paixão,de 40, que é morador de Goiás, também morreu.
Militares dos bombeiros acreditam que o acidente aconteceu por falta de combustível. “Tudo indica que foi pane seca, pois o avião caiu, as asas se romperam, todos morreram, e não pegou fogo. Os tanques se romperam e não caiu nenhum combustível na mata. Porém, só mesmo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos) poderá dizer”, comentou o comandante.
Os corpos das vítimas foram resgatados e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiás. Técnicos do Cenipa já estiveram no local do acidente onde recolheram peças da aeronave para começar as investigações.
Famílias de fazendeiros
Familiares das vítimas informaram que João Batista é dono de várias fazendas no Sul de Minas Gerais e que havia comprado um terreno em Tocantis. “Eles estavam indo até um terreno em Tocantins que haviam adquirido há pouco tempo”, explica o comerciante Danilo Saulo Osório, de 47 anos, que é sobrinho de Consentini.
Os corpos devem ser levados para Jacutinga, onde serão enterrados. “Um parente nosso já foi para Goiás fazer o reconhecimento. Ainda não temos informações de quando serão as cerimônias, pois temos que esperar a liberação do IML”, disse.