Os profissionais graduados no exterior selecionados pelo Mais Médicos deveriam se apresentar hoje aos municípios onde trabalharão, segundo cronograma do Ministério da Saúde
“Vou convocar uma reunião, vamos tomar uma decisão colegiadaSe a maioria entender que devo atender os pedidos, eu vou ver se concedo ou renuncio”, disse ontem o presidente do CRM-MG, João Batista GomesEle defende que os profissionais formados no exterior precisam revalidar os diplomas e apresentar certificado de proficiência em língua portuguesa, requisitos não exigidos pelo programa.
O objetivo da reunião é discutir a nova recomendação dada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que vinha aconselhando os órgãos estaduais a atenderem os pedidos protocolados apenas depois de o Ministério da Saúde informar os locais de trabalho dos bolsistas e os nomes dos tutores e supervisoresA entidade voltou atrás na quinta-feira, ao interpretar que, em requerimento entregue à Justiça Federal no Rio Grande do Sul, a Advocacia-Geral da União (AGU) reconhece que os dados solicitados devem ser entregues, mesmo que isso só possa ser feito depois de concedidos os registros.
Gomes acredita que a entidade nacional mudou a orientação por estar sendo pressionada: “Eu acho que isso é pressão políticaExiste um temor de que possa haver até uma intervenção do governo federal para destituir as diretorias dos conselhos”.
Minas deve receber 42 profissionais formados no exterior, segundo o Ministério da SaúdeO CRM-MG informa que já recebeu 41 pedidos de registro provisórioA medida provisória que instituiu o programa prevê prazo de 15 dias para que os pedidos sejam atendidos, caso a documentação entregue esteja correta.Formalizados no dia 5, os 13 primeiros pedidos deveriam ter sido acatados até a última quinta-feiraOutros 18 teriam de ser aceitos até a próxima quarta e mais 10, até 3 de outubro.