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Estado de Minas

Polícia vai pedir prisão preventiva de jovem preso pela 4ª vez por pilotar aeronave irregular

Felipe Ramos Morais, de 26 anos, foi preso nessa terça-feira depois de fazer voos rasantes em Pompéu, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais


postado em 25/09/2013 16:49 / atualizado em 25/09/2013 17:45

Delegado responsável pela investigação também vai pedir o sequestro da aeronave(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Delegado responsável pela investigação também vai pedir o sequestro da aeronave (foto: Polícia Militar/Divulgação)

A polícia vai tentar novamente colocar atrás das grades o piloto Felipe Ramos Morais, de 26 anos, que foi preso pela 4ª vez, a segunda neste ano, pilotando um helicóptero sem licença. O delegado Carlos Eduardo Vieira Nunes vai entrar com pedido de prisão preventiva na Justiça e pedir o sequestro da aeronave até que o inquérito seja concluído. O jovem será indiciado por desobediência e por expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea. Pelos crimes, ele poderá pegar até 5 anos e seis meses de prisão, além de multa.

A prisão de Felipe aconteceu nessa terça-feira depois que vários moradores fizeram denúncias anônimas à polícia. Há cerca de duas semanas, o helicóptero fazia voos rasantes pela cidade de Pompéu, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Temendo um acidente, a população acionou a polícia. “Nos chamou a atenção que o piloto fez um pouso forçado no parque de exposição na última semana por falta de combustível. Isso já denota que ele não tem condições para voar”, disse o delegado Carlos Nunes, responsável pelas investigações.

Uma consulta ao prefixo da aeronave junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apontou que, desde 2010, o jovem está com a carta de navegabilidade cancelada. Nessa terça-feira, as polícias Civil e Militar montaram uma operação conjunta para deter o piloto, que estava morando em um sítio na cidade. Eles esperaram ele levantar voo e fizeram a prisão logo após a aterrissagem. “Quando chegamos ao local ele estava com outras três pessoas. Felipe disse que estava mostrando a aeronave para eles, pois ela estaria a venda”, disse o delegado.

O helicóptero foi anunciado por Felipe em um site. A venda seria feita por R$ 250 mil. Na descrição, o piloto afirma que o comprador também teria que gastar mais R$ 200 mil para regularizar a aeronave junto à Anac. Para o delegado, o piloto usou um álibi para não comprometer as outras pessoas. “ Ele conta que eram interessados em comprar a aeronave dele, mas sempre fazia os voos junto com as mesmas pessoas há duas semanas. Inclusive fazendo manobras arriscadas”, diz.
Desde a noite dessa terça-feira, o piloto está preso na delegacia de Pompéu, onde também se encontra a cadeia da cidade.

Felipe Ramos Morais já havia sido preso outras três vezes pelo mesmo crime(foto: Anac/Reprodução)
Felipe Ramos Morais já havia sido preso outras três vezes pelo mesmo crime (foto: Anac/Reprodução)
Preso outras três vezes

A prisão de Felipe já não é mais uma novidade. Por outras três vezes ele foi detido por pilotar o mesmo helicóptero irregular. O homem foi preso em 4 de abril, depois de pousar a aeronave na Praça Central do Brasil, em Curvelo, Região Central de Minas Gerais, durante um evento de motociclistas. Ele deixou a cadeia depois de pagar fiança de R$ 6.780. “Não tenho informações de quando saiu, mas foi em maio ou junho. Sei que a fiança estava estipulada em R$ 50 mil, mas foi abaixada depois que ele alegou que não tinha condições de pagar o valor”, explica o delegado.

Nesta época, Felipe já era procurado pela Anac depois que retirou irregularmente a aeronave, prefixo PR-HDA, de um pátio em Santa Fé do Sul, em São Paulo. Segundo as investigações, ele teria pedido a funcionários para pegar alguns objetos dentro do helicóptero e, quando entrou, ligou a aeronave e fugiu. Algumas pessoas tentaram correr para impedir, mas não conseguiram. A aeronave estava retida pela Anac desde 24 de fevereiro por estar com a inspeção anual de manutenção vencida e o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado.

O piloto também já havia sido preso anteriormente, transportando 200 quilos de cocaína no Piauí. Segundo a polícia, ele alegou que foi abordado por criminosos que o ameaçaram com arma de fogo e o fizeram levar o material. Ele não ficou preso pois as investigações não comprovaram a sua participação.

O delegado vai pedir a prisão preventiva de Felipe à Justiça ainda nesta quinta-feira. “Vou pedir o juiz, pois como ele é costumas no crime, não pode continuar solto para cometer os mesmos delitos”, explicou.


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