Com fama de machistas, os homens mineiros que violentam e matam parceiras estão acima da média brasileira, com 5,82 mortes a cada 100 mil mulheres de 2001 a 2006No mesmo período pesquisado pelo Ipea, Minas apresentou 0,62 pontos percentuais acima da média nacional“Não basta só fazer uma lei para mudar uma culturaNão vislumbro tão cedo uma mudança no cenárioPara tal ocorrer, seria necessário desde cedo começar a formar as crianças para uma nova cultura de respeito aos gêneros”, alerta a delegada Margarethe de Freitas Assis Rocha, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de BH
Para denominar os assassinatos pelos parceiros íntimos, o Ipea usa a palavra feminicídioSegundo o instituto, estes crimes decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem.
Segundo o estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, os parceiros são os principais assassinos de mulheresCerca de 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo
A Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressãoAs taxas de mortalidade foram de 5,28 por 100 mil mulheres de 2001 a 2006 (antes da lei) e de 5,22 em 2007 a 2011 (depois da lei)Houve apenas um “sutil decréscimo da taxa em 2007, mas depois o índice de mortes voltou a crescer“Ainda há muito o que fazer, mas a proteção à mulher aumentouAcredito que elas estejam com mais coragem para denunciar os ataque”, lembrou a delegada