Uma quadrilha responsável pela distribuição de drogas sintéticas em Uberlândia e outras cidades do Triângulo Mineiro foi desmantelada pela Polícia Civil. Os entorpecentes, ecstasy e LSD, eram transportados de Goiânia para Minas e vendidos em festas raves e bailes funks. Ao todo, sete pessoas foram presas, entre elas um espanhol considerado o líder do bando. Entre os detidos estão pessoas com alto poder aquisitivo.
As investigações começaram em novembro de 2012 depois que o Ministério Público recebeu uma denúncia de uma mães desesperada que procurava ajuda para o filho drogado. As informações foram passadas para o serviço de inteligência da Polícia Civil que começou a apurar os fatos. Em agosto deste ano, dois homens acabaram presos em flagrante em um carro, que saiu de Goiânia. No forro da porta do veículo foram encontrados 1.690 comprimidos de ecstasy.
Ao todo, cinco pessoas foram presas, entre elas o espanhol Jaime Joaquim Bode Fernandes. Segundo ao delegado Eduardo Fernandes Perez Leal, o estrangeiro está no Brasil há mais de 10 anos e morava em Goiânia. “Ele é o líder do bando. Após a prisão, ele confessou que traficava grandes quantidades de drogas, porém, não revelou muitos detalhes”, explica o delegado.
A quadrilha era dividida em três partes, o fornecedor, que no caso era o espanhol, os distribuidores, que são os dois presos em agosto deste anos, além dos pequenos vendedores, que atuavam em Uberlândia. Deste último grupo, cinco pessoas foram identificadas e somente quatro foram presas. São elas, Marcos Vinicius Carvalho Freitas, Eber Fonseca da Silva, Paulo Henrique Barbosa Alves e Waltério Alves Neto. Wanessa Abadia Oliveira Rocha segue foragida. “Entre os presos estão pessoas que têm alto poder aquisitivo”, diz o delegado. Com o grupo, foram apreendidos comprimidos de ecstasy, papéis de LSD, maconha, R$ 10 mil em dinheiro, além de dois tablets.
Para a polícia, as prisões podem enfraquecer o tráfico na região. “Na verdade, a cidade estava ficando infestada dessas drogas e até menores de idades consumiam nas festas de forma indiscriminada. Sabemos que essas drogas eram uma porta de entrada para outras mais fortes. Essa é a importância da prisão”, comenta Leal.
As investigações vão prosseguir para tentar identificar a origem da droga. Para a polícia, o entorpecente era trazido do exterior, porém, nada ainda foi comprovado. Os presos foram encaminhados para o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.