Sargento indiciado por crime em boate continua trabalhando em unidade da PM

A Corregedoria da Polícia Militar informou que está acompanhando as investigações sobre a morte de Tiago de Souza Martins, de 23 anos. O sargento suspeito não teve o nome revelado e continua prestando serviços de natureza administrativa em sua unidade de trabalho

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
A Corregedoria da Polícia Militar (PM) está acompanhando as investigações da Polícia Civil sobre a morte do jovem Tiago de Souza Martins, de 23 anos, que levou um tiro na cabeça e outro no pescoço dentro do Bailão Sertanejo, na Região de Venda Nova.
Um sargento da PM foi apontado como o autor dos disparos que mataram o rapaz. Segundo a Corregedoria, o militar, que vai responder por homicidio doloso, continua prestando serviços de natureza administrativa em sua unidade de trabalho. O nome dele não foi divulgado, assim como o batalhão no qual está lotado.

As investigações revelaram que os disparos partiram da arma do PM, ele trabalhava como porteiro na casa de shows e se envolveu na confusão. Segundo a polícia, o delegado Gustavo Garcia Assunção, filho do gerente do estabelecimento e que era apontado como suspeito, não teve qualquer envolvimento com a morte.

No início das apurações, testemunhas chegaram a dizer que autor dos disparos era Gustavo, mas a análise de imagens das câmeras de segurança de locais diversos, bem como o relatório da agência de inteligência da Corregedoria da Polícia Civil, mostraram que o delegado não estava no local no exato momento do disparo.

O crime aconteceu na madrugada do cinco de maio deste ano. Tiago estava com os irmãos e amigos no Bailão Sertanejo quando um dos colegas se envolveu numa briga.
O rapaz foi atingido por uma garrafa no pescoço. Tiago e o irmão Elias de Souza Martins intervieram na confusão, que se tornou generalizada. Elias também levou uma garrafada e sofreu extenso corte no pescoço. Já Tiago foi baleado na cabeça e no pescoço. Ele ficou internado 101 dias no Hospital João XXIII e morreu no dia 13 de agosto. .