A fiscalização também precisou ser revista. Os agentes de limpeza ganharam smartphones e impressora portátil, o que facilita a emissão do boleto de cobrança na hora. São 180 equipes de fiscalização, número próximo aos 200 de Paris e de Nova York, segundo Roriz. Ele explica que as principais ruas e avenidas da Zona Sul, da Tijuca, na Zona Norte, e do Centro são monitoradas diariamente entre as 8h e as 20h. Há ainda blitzes itinerantes e de surpresa no restante da cidade e trabalho noturno em locais badalados. como a Lapa. “Ocupamos algumas áreas de grande fluxo permanentemente e a população recebeu muito bem”, disse ele.
PROJETO A iniciativa carioca é bem recebida pela maioria dos vereadores de Belo Horizonte, favoráveis à aprovação de projeto semelhante. “Acho bom que o dinheiro das multas seja aplicado em campanhas de conscientização, mas como o objetivo não é só arrecadar, e sim educar, quem joga papel no chão deve ser tratado de forma diferente de quem descarta entulho maior na rua. É mais justo variar o valor da multa”, avalia o presidente da Câmara, Léo Burguês (PSDB). “Também questiono a aplicabilidade porque temos um número reduzido de fiscais, envolvidos em muitas outras tarefas.”
Contrário ao projeto, o vereador Gilson Reis (PCdoB) acredita que a questão deve ser repensada, sim, mas com políticas educativas. Ele também cobra mais estrutura da cidade, antes de punir o cidadão. “Falta tanta coisa em BH. Não tem coleta seletiva, faltam lixeiras suficientes, coletoras e acesso apropriado aos resíduos. Para as fezes de animais, só tem em sete lugares. E o cidadão será penalizado?”, questiona.