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Estado de Minas

Taxistas culpam o trânsito e dizem que oferta de carros pode suprir a demanda

Para a categoria, o tráfego ruim prejudica motoristas e passageiros


postado em 30/09/2013 06:00 / atualizado em 30/09/2013 07:14

Sara Lira

Há 18 anos na praça, José Ferreira diz que congestionamentos atrapalham o atendimento aos usuários(foto: Beto Novaes/EM DA Press)
Há 18 anos na praça, José Ferreira diz que congestionamentos atrapalham o atendimento aos usuários (foto: Beto Novaes/EM DA Press)
 

No meio da polêmica entre a população, que exige mais táxis, e a BHTrans, que não tem planos para aumentar a frota, taxistas antigos e permissionários que começaram a atuar após a licitação de 2012 acreditam que o número de veículos na capital é suficiente. Para esses profissionais, as complicações no trânsito da capital, principalmente nos horários de pico, são o principal motivo para a demora no atendimento dos passageiros. O taxista José Neves Ferreira, de 70 anos, está nas ruas há 18 e concorda com a avaliação. “Muitos profissionais vão embora antes do horário de pico, justamente para evitar o trânsito ruim. Com isso, o número de carros fica menor e os atendimentos demoram mais porque ficamos parados no congestionamento”, diz.
Essa também é a percepção de Narciso Gomes da Silva, de 39, um dos aprovados na licitação da BHTrans. Ele destaca que o movimento é bom, mas ressalta a interferência dos engarrafamentos na demora no atendimento às chamadas. “Está bem movimentado e o rádio não para com as solicitações, mas, como ficamos presos no trânsito, demoramos para atender”, afirma. Diego Cristiano, de 23, é motorista auxiliar há cerca de um mês e também avalia que o momento é bom para os profissionais. “Tem chamada o tempo todo”, resume.


Se todos culpam o trânsito pela dificuldade de conseguir um táxi em Belo Horizonte, quando se fala no movimento de passageiros não há consenso. O taxista Balduíno Alex, de 40, que está na praça há dois anos, diz ter percebido um aumento na concorrência após a licitação. “Acho que o movimento deu uma caída depois da entrada de mais carros. E, mesmo com o maior número de táxis, grande parte das solicitações é feita no horário de pico e a gente não consegue atender a todos porque o trânsito é péssimo”, reclama.


O taxista Eduardo Ferreira, de 65, também lamenta a queda no movimento. Mas para ele a redução não é resultado do aumento da frota, e sim porque “é natural desta época do ano”. “Mas acredito que a partir de novembro o movimento vai dar uma melhorada e voltar a crescer. Normalmente em fins de ano o número de passageiros aumenta”, diz com expectativa.

LICITAÇÃO DAS EMPRESAS

Se a licitação para pessoas físicas correu bem e permitiu a entrada em circulação de 528 táxis na capital, a concorrência para a concessão de 432 permissões para empresas está suspensa por ordem judicial. O processo foi iniciado em junho de 2012 e previa a substituição das vagas para pessoas jurídicas, criadas antes da Constituição de 1988. Entretanto, taxistas que não foram contemplados no processo para pessoas físicas recorreram à Justiça para reivindicar essas permissões.


Eles fazem parte do grupo de licitantes que ficaram empatados na pontuação e não foram contemplados no sorteio. A BHTrans informou que o entrave não causa transtorno para a população, pois os antigos permissionários continuam rodando pela capital.


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