Jornal Estado de Minas

Surto de diarreia atinge quase 1.500 pessoas em Sete Lagoas

Vigilância Epidemiológica aguarda o resultados de exames que podem indicar a causa do surto, que atinge principalmente bairros da periferia da cidade

Cristiane Silva
A Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas, na Região Central do estado, tenta identificar as causas do surto de diarreia que atinge a população da cidade desde o início de setembro
Mesmo com a realização de exames, a as causas da doença ainda não foram definidas.

Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da cidade, Pricila Galdiere dos Santos Pereira, foram registrados 1.450 casos da doença entre os dias 2 e 21 de setembro A análise da água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) não indicou algum possível causadorA Vigilância ainda aguarda o resultado das amostras de fezes enviadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte

O bairro onde se encontra a maior parte das vítimas do surto é o Monte CarloTambém há casos da doença no Luxemburgo, Kuwait, Interlagos, Jardim Primavera e MontrealPriscila explica que são bairros de baixa renda, onde o uso de cisternas é comum, mesmo em locais que recebem água do SAAEA suspeita é de que os reservatórios possam ter contribuído para o surto“Algumas análises anteriores registraram a presença de coliformes fecaisEntão distribuímos hipoclorito de sódio (substância bactericida) para as pessoas usarem na água”, explica a enfermeira

A Vigilância Epidemiológica de Sete Lagoas também não descarta a presença de um vírus
Assim, a população está sendo orientada a redobrar os cuidados com a higiene, lavando as mãos com frequência, uso de álcool em gel e limpeza de superfícies que podem estar contaminadasQuem apresentar os sintomas deve procurar o hospital mais próximoAs vítimas devem beber bastante líquido e ingerir soro de reidratação oralAté o momento, não foi registrado nenhum caso de diarreia grave na cidade