Um casal que mora em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é investigado pela Polícia Civil por suspeita de tráfico de pessoas. Essa é a segunda investigação de esquema ilegal de adoção este mês na cidade. No primeiro caso, a executiva de vendas Eliane Cristina Gonçalves Figueiredo Azzi, de 37 anos, que intermediou a entrega de uma criança, foi presa em 10 de setembro. Foram iniciadas outras cinco pessoas envolvidas no mesmo esquema que levaria o bebê ao casal Selena Castiel Gualberto e Breno Azevedo, moradores de Porto Velho.
CPI
Representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, criada em fevereiro de 2012, estarão em Betim para uma audiência no dia 3 de outubro. Eles vão escutar informações do delegado Barichello sobre a investigação que resultou com a prisão de Eliane e auxiliar na continuidade das apurações. A comissão vai ouvir a executiva de vendas, que está solta desde 21 de setembro beneficiada por um relaxamento de prisão. O deputado Fernando Francischini (PEN-PR), que solicitou a audiência sobre o caso, também quer que a CPI tenha acesso às informações e cópias de todos os documentos sobre a investigação.
Primeiro caso
No primeiro caso apurado em Betim foram indiciados a mãe do bebê, Janaína Resende de Carvalho, de 24 anos; a agente de turismo Eliane Azzi, de 37, o marido dela, Alexandre Azzi, e a irmã de Janaína, Cláudia Giani, de 39. Também responderão ao processo o casal de advogados Selena e Breno. Janaína deu entrada no hospital com documentos falsos, com o nome de Selena, e não quis amamentar o menino, o que despertou a desconfiança de assistentes sociais. No smartphone de Eliane, que acompanhava a parturiente na unidade, a polícia encontrou mensagens em que ela orienta Janaína a informar dados falsos. A polícia foi chamada pelos funcionários do hospital e Eliane foi presa em flagrante. A criança foi entregue à adoção.