(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Flexibilização de lei para construção de escola gera apreensão no Santa Tereza

População teme expansão imobiliária no bairro. Secretário adjunto de Gestão Compartilhada da Prefeitura, Pier Senesi, diz que alteração da lei da Área de Diretrizes Especiais (ADE) não vai se estender para outros empreendimentos


postado em 30/09/2013 20:21 / atualizado em 30/09/2013 20:43

Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitou o local(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A.Press - 28/01/2011)
Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitou o local (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A.Press - 28/01/2011)

A flexibilização da lei da Área de Diretrizes Especiais (ADE) do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, alterada para que o Mercado Distrital de Santa Tereza seja transformado em escola profissionalizante, não vai se estender para outros empreendimentos imobiliários. Essa foi a promessa feita pelo secretário adjunto de Gestão Compartilhada da Prefeitura, Pier Senesi. Ele também garantiu que estudos de impacto de vizinhança e urbanísticos serão feitos antes da aprovação do projeto de mudança do local para escola.

Moradores do bairro temem que a flexibilização da lei possa trazer novos empreendimentos. Na regra, que foi alterada, empreendimentos como a escola profissionalizante, do Sistema Federação Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), podem ocupar uma área de no máximo 400 metros quadrados, quando o mercado tem 6 mil metros quadrados, incluindo o estacionamento. A ADE de Santa Tereza foi regulamentada pela Lei 8.137/2000 e determina que, pelas características ambientais e da ocupação histórico-cultural do bairro, sejam adotadas medidas especiais para proteger e manter o uso predominantemente residencial.

O secretario Pier Senesi afirmou que a flexibilização da ADE já era prevista. “A flexibilização já era prevista para a implantação de uma escola no Santa Tereza, mas isso não representa abertura para empreendimentos imobiliários”, disse. Ele também afirmou que estudos serão feitos antes do projeto ser aprovado e que os moradores serão consultados. “Através do estudo de impacto de vizinhança, previsto pela legislação, vai haver a participação da comunidade com propostas e dúvidas. Além deste estudo é feito o projeto de impacto urbanístico, que vai passar pelo Conselho de Política Urbanas, para que possa ser permitido a execução do projeto de engenharia arquitetônica”, disse.

Nesta segunda-feira, a Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi até o Mercado Distrital junto com representantes da prefeitura. Deputados criticaram a mudança na lei. “A ADE é uma conquista do bairro. É uma lei que custou muito para ser aprovada, e quando flexibilizada, traz um problema, pois onde passa um boi passa uma boiada”, criticou André Quintão (PT).

Neste terça-feira, haverá uma reunião na Praça Duque de Caxias entre os moradores e os deputados. “Vamos nos reunir e decidir se vamos recorrer ao Ministério Público, uma vez que houve um desrespeito da legislação em rigor”, comentou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)