A Prefeitura de Belo Horizonte estima que serão necessários investimentos de R$ 300 milhões para o novo Centro Administrativo da capital, planejado para o Bairro Lagoinha, no limite das regiões Noroeste e Centro-Sul da capital. A previsão faz parte do Plano Plurianual de Ações Governamentais (PPAG), contendo as prioridades para os próximos quatro anos de gestão, que foi entregue ontem pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) à Câmara Municipal. Segundo Lacerda, será lançada uma consulta ao mercado para que se apresentem possíveis interessados em tocar o empreendimento por meio de uma parceria público-privada. Um concurso de arquitetura e urbanismo também será lançado para o planejamento do prédio e do entorno.
O empreendimento, que concentraria a nova sede do Executivo e as secretarias municipais, gerou protesto de moradores dos bairros da Lagoinha e Bonfim, onde ele deve ser erguido. Decreto publicado em junho no Diário Oficial do Município prevê que 20 lotes serão desapropriados. A área total aproximada dos terrenos é de 14 mil metros quadrados, dentro dos limites das ruas Além Paraíba, Bonfim e Serro. Em 26 de setembro foi realizada audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar do tema. O secretário municipal adjunto de Gestão Compartilhada, Pier Senesi, foi quem representou o prefeito durante a reunião. Foi agendada para sexta-feira pela Câmara Municipal uma nova audiência.
Os vereadores da capital têm até 30 de dezembro para apreciar o PPAG, que prevê investimentos de R$ 49 bilhões para os próximos quatro anos. Desse montante, R$ 8,1 bilhões serão destinados à educação, R$ 4,8 bilhões à mobilidade urbana e R$ 1,6 bilhão a vilas e favelas, em obras de prevenção de enchentes e de construção de moradias.
Para a expansão do metrô estão previstos R$ 3,2 bilhões. O Centro de Convenções de BH deve custar aos cofres públicos R$ 500 milhões, enquanto a estimativa para investimento em unidades básicas de saúde é de R$ 300 milhões. Para aumentar a arrecadação a prefeitura pretende apertar o cerco aos inadimplentes.