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Estado de Minas

Arrastões em shoppings de BH são tema de audiência na Assembleia de Minas

Os representantes do centros de compras disseram na reunião que os problemas já acabaram. A Polícia Civil mostrou que 90% dos envolvidos nos arrastões já foram identificados. Os casos aconteceram em agosto no Minas Shopping, Shopping Estação BH e Itaú Power


postado em 01/10/2013 13:36 / atualizado em 01/10/2013 14:03

Os arrastões em shoppings de Belo Horizonte foram assunto de audiência na manhã desta terça-feira na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os representantes do centros de compras disseram na reunião que os problemas já acabaram por causa das ações preventivas da PM, a Polícia Civil mostrou dados sobre investigações dos casos e os deputados apresentaram requerimentos para ajudar na apuração do problema.

No fim de agosto, centenas de jovens entraram no Minas Shopping, no Bairro União, Região Nordeste, gerando tumulto e quebradeira. Pelos menos duas lojas foram saqueadas. Os envolvidos carregavam um revólver, fogos de artifício e drogas. Seis pessoas foram detidas, quatro delas menores de 18 anos. Todos foram ouvidos e liberados. No feriado de 15 de agosto, um grupo agiu no Shopping Estação BH, em Venda Nova. Dois jovens maiores de 18 anos teriam simulado uma briga dentro do centro de compras para criar tumulto e ambiente para outros envolvidos saquearem lojas. Dois dias depois, o Itaú Power Shopping, no Bairro Eldorado, em Contagem, foi o alvo das investidas.

De acordo com os representantes de shoppings, presentes na audiência, o trabalho da PM de monitoramento das redes sociais, onde eram marcados os arrastões, foi suficiente para acabar com os crimes. A ameaça de invasão agendada para acontecer no dia 31 de agosto, no Shopping Boulevard, foi frustrada pelo cerco policial. Daí em diante, segundo os shoppings, não ocorreram outros arrastões. Os empresários recuaram durante a audiência, que foi convocada pelo deputado Cabol Julio (PMDB) no auge do constantes ataques aos centros de compra.

A Polícia Civil, por sua vez, apresentou dados sobre os inquéritos policiais instaurados para apurar as invasões. De acordo com a corporação, 90% dos envolvidos nos arrastões, maior parte menores de idade, já foram identificados. Alguns inquéritos foram repassados para o Ministério Público de Minas Gerais.

A juíza de direito da Vara de Atos Infracionais da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Valéria da Silva Rodrigues, disse na ALMG que o problema envolvendo adolescentes em shoppings não é novo. Segundo ela, já foram monitoradas situações em que jovens de diferentes escolas e classes sociais marcavam brigas nos centros de compras da Região Centro-Sul, no entanto, os casos não ganharam tanta repercussão.

Os deputados estaduais apresentaram alguns requerimentos para votação na Casa, como a solicitação de relatórios dos shoppings sobre a capacitação dos seguranças internos. A intenção seria verificar se esses profissionais são treinados para situações de risco, com os casos de vandalismo. No entanto, no fim da reunião, não havia corum para votação que precisou ser adiada.


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