Jornal Estado de Minas

Testemunhas da morte de advogado no Santa Inês serãou ouvidas nesta quarta

Ramon Melo Zille, de 29 anos, foi morto a tiros pelo também advogado Antônio Vieira Braick, de 63, foi preso em flagrante

O inquérito que apura o assassinato do advogado Ramon Melo Zille, de 29 anos, deve ser concluído até a sexta-feira, segundo o chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Wagner Pinto
Testemunhas serão ouvidas hoje na Delegacia de Homicídios Leste, que apura o casoO autor do crime, o também advogado Antônio Vieira Braick, de 63, foi preso em flagranteAinda nesta semana ele será ouvido novamente sobre o crime.

Wagner Pinto explicou que o acusado foi autuado em flagrante e que o prazo para conclusão do inquérito é de 10 diasPorém, as apurações estão adiantadas e, com os depoimentos das testemunhas, os autos seguirão na sexta para a JustiçaNa segunda-feira, o auto de flagrante foi encaminhado ao 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

O crime ocorreu na noite de sábado, em um bar na esquina das ruas Carmésia e Mirabela, no Bairro Santa Inês, Leste de BHSegundo a Polícia Civil, o advogado Antônio Braick bebia em companhia da mulher, da cunhada, Maria Aparecida Olegário, de 49, e da filha dela Natália Olegário Leite, de 29Ele então decidiu ir embora, quando entrou em atrito com sua cunhada e sobrinha, que decidiram ficar no bar.

Natália contou à Polícia Civil que seu tio passou a ofender moralmente a ela e a sua mãe, por se recusarem a ir para casaEla afirmou que tinha ficado no bar em companhia de Ramon Zille, que acabara de conhecerNa versão da jovem, ela se dirigiu ao tio, já na rua, e foi agredida por ele, que quebrou um copo na cabeça delaRamon, vendo a agressão, foi tirar satisfação e, segundo a mulher, foi baleado por Antônio
Já o acusado disse aos policiais que reagiu a agressão da sobrinha, quando foi cercado por um grupo que o atacouAfirmou que entrou no carro e passou a atirar para se defender.

Cleiton de Carvalho, de 40, que também foi baleado, disse que estava em outra mesa, próxima à de Antônio Braick, quando percebeu que ele estava xingando uma mulherSegundo ele, em seguida, o acusado foi até seu carro, buscou uma arma e passou a atirar na direção de algumas pessoasCleiton conta que tentou imobilizar Antônio, mas foi baleado no ombroAté a noite de ontem, Braick permanecia internado no Hospital João XXIII, se recuperando de ferimentosQuando receber alta, será encaminhado ao Ceresp Gameleira, Oeste de BH, onde ficará preso em cela especial.