Apenas quatro dos 198 estudantes apontados como participantes do trote com conotações racistas e nazistas na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em março, vão responder a processo administrativoOs outros foram beneficiados pelo recurso apresentado por quatro professores da instituição, que pediram a nulidade da sindicância que os identificouDe acordo com o vice-diretor da faculdade, Fernando Gonzaga Jayme, os quatro alunos que aparecem em fotos divulgada nas redes sociais é que serão alvo do processo
Uma comissão formada por três professores da Faculdade de Direito será encarregada de apurar as denúncias e ouvir os argumentos de defesa dos alunosPara Fernando Gonzaga, seria complexo checar a participação de todos os envolvidos mencionados na sindicância, encerrada em julho
O trote ocorreu em 15 de março, nas dependências da faculdadeDuas fotos do evento foram postadas em uma rede social e revoltaram integrantes da comunidade acadêmica e internautasEm uma delas, uma caloura com o corpo tingido de preto aparece com as mãos atadas e carrega placa com os dizeres “caloura Chica da Silva”, em referência à escrava que viveu em Diamantina no período colonialEm outra imagem, um novato aparece amarrado a uma pilastra e três colegas – um deles com um bigode parecido com o do ditador Adolf Hitler – erguem o braço direito em gesto semelhante à saudação nazista.
Os veteranos que aparecem nas fotos terão direito a defesa, podendo contar inclusive com advogadoAs punições podem variar de advertência a expulsãoA sindicância, anulada pelo recurso, constatou que 68 estudantes do 2º período do curso participaram do trote nos calouros