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Estado de Minas

Feira hippie passa a funcionar com novo leiaute a partir do próximo domingo

As mudanças começaram a ser implantadas gradativamente nos dois últimos fins de semana, mas é no dia 6 de outubro que serão totalmente oficializadas. A nova distribuição de barracas é para dar maior visibilidade e segurança em situações de pânico


postado em 03/10/2013 15:40 / atualizado em 03/10/2013 15:50

Imagem do dia 22 de setembro, quando já estava funcionando o novo leiaute parcialmente (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Imagem do dia 22 de setembro, quando já estava funcionando o novo leiaute parcialmente (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)

A partir do próximo domingo, dia 6 de outubro, a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte passará a funcionar totalmente com o novo leiaute, que começou a ser implantado gradativamente nos dois últimos fins de semana. A tradicional feira hippie que funciona na Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, passou a ser montada com nova distribuição das barracas, dispostas agora em grupos de quatro. A reformulação atende a uma exigência do Corpo de Bombeiros e foi recomendada pelo Ministério Público, desde 2004.

O projeto visa à liberação de mais corredores, maior visibilidade e segurança em situações de pânico para clientes e 2.156 feirantes. Os setores foram reformulados e as barracas passarão a ficar organizadas em grupos de quatro, proporcionando maior espaço de circulação para cerca de 70 mil pessoas que visitam a feira todo domingo.

O próximo passo será a instalação de 80 extintores ao lado das barracas e de 71 placas com a sinalização das rotas de fuga, em caso de pânico ou incêndio. Também estão sendo selecionados e formados 690 brigadistas, entre expositores e funcionários da prefeitura, para atuar nas situações de emergência.

A estreia de domingo encerra quase 10 anos de polêmicas sobre a distribuição de barracas e medidas de segurança na feira. Veja a linha do tempo:

2004 – Corpo de Bombeiros denúncia a Feira Hippie ao Ministério Público Estadual (MPE) pela falta de projeto de combate à incêndio. Ministério aciona a Prefeitura de Belo Horizonte para elaborar o plano de segurança.

2004 – Um corredor de emergência para passagem de viaturas policiais e do Corpo de Bombeiros é aberto no lado direito da Avenida Afonso Pena, no sentido Centro-Bairro.

2009 – Novo projeto para disposição das barracas da Avenida Afonso Pena foi feito pela PBH, mas desagradou expositores de quadros e pinturas, que não poderiam mais ficar no passeio da Afonso Pena. Câmara Municipal abre exceção no Código de Posturas, que proíbe exposição sobre a calçada e autoriza a permanência desses comerciantes no mesmo local.

2010 – Novo leiaute fica pronto, mas não sai do papel. Enquanto a prefeitura insiste em fazer sorteio para definir a nova disposição das barracas, feirantes entram na Justiça pedindo apenas o remanejamento dos boxes.

2011 – Expositores conseguem liminar contra o sorteio.

2013 – Prefeitura vence a queda de braço no Tribunal de Justiça e é autorizada a fazer o sorteio. O processo ocorreu em julho e agora está sendo implantado.

(Com Valquíria Lopes)


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