Um homem foi condenado a 36 anos de prisão em regime inicial fechado pelo sequestro, estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver da sobrinha de 9 anos. O crime aconteceu em 2008, na cidade de Barroso, na Região Central de Minas Gerais. O estuprador sequestrou a menina quando ela entrava em uma igreja e a levou para local ermo, onde a violentou.
De acordo com a denúncia, a criança seguia para o curso de catequese em frente à praça Gentil Bedeschi, quando foi surpreendida pelo tio, Francisco Rosa Nascimento, que a aguardava na porta da capela. A menina foi levada para um local escondido onde Francisco a estuprou e asfixiou. O corpo foi encontrado, dias depois do desaparecimento da menina em uma mata fechada, na zona rural.
O desembargador relator, Pedro Coelho Vergara, observou que o recurso do réu não se insurgia contra a condenação. Manteve a posição sobre a autoria e a materialidade do crime e fixou pena. Para ele, o homem cometeu o crime “causando uma verdadeira tragédia familiar, tendo este ainda comparecido à casa da ofendida para prestar socorro aos familiares”. Ele se referiu ao disfarce de Francisco quando os parentes souberam que a menina estava sumida. Ele fingiu não saber do paradeiro até que a polícia descobriu tudo.
Os desembargadores Adilson Lamounier e Júlio César Lorens votaram de acordo com o relator. A sentença exata é de 36 anos de reclusão, pagamento de 80 dias-multa, sendo um dia-multa estipulado em 1/30 do salário mínimo vigente à época dos crimes.