Já está em funcionamento o “aspirador gigante” que vai sugar 800 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo da Lagoa da Pampulha, em Belo HorizonteO maquinário, que começou a ser montado em julho, foi instalado no Córrego Sarandi, que deságua no reservatórioEm poucas horas, toneladas de areia e lixo foram jogadas para fora d’água“Estamos com uma draga provisória de oito polegadas, mas chegarão duas de 14 polegadas para uma produção máximaO objetivo é retirar 80 mil caminhões de sedimentos em oito meses”, informou o supervisor da obra, Ticiano Passini, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Um desidratador mecânico importado da Alemanha com mais de 6 metros de altura, equivalente a um prédio de três andares, retira 50% da umidade do material coletado do fundo da lagoa pelas dragas flutuantes, que são uma espécie de balsaA secagem do material facilita o transporte por caminhões até à empresa Czar Ambiental, no km 444 da BR-381, que tem licença para receber os sedimentos.
Entre todos os equipamentos, o que chama a atenção é o desidratadorEle é composto por 10 módulos metálicos, entre tubos e registros que precisaram ser transportados cada um em uma carretaA aparelhagem é capaz de separar até 1,7 mil metros cúbicos de sedimentos da água, por hora, ou cerca de 70 carretas em 60 minutos, se operar sem interrupções.
A Czar não aceita lixo e outra empresa está sendo contratadaO processo de limpeza do fundo da lagoa está começando agora e os equipamentos estão passando por ajustes”, afirmou TicianoHá uma tubulação que devolve toda a água para a lagoa, mas, de vez em quando, o desidratador falhaO trabalho conta com apoio de várias carregadeiras e caminhões
A prefeitura espera concluir antes da Copa do Mundo a limpeza da lagoaO material que será removido representa apenas 8% do volume total da represa (10 milhões de metros cúbicos)Especialistas alertam, no entanto, que apenas essa medida não será suficiente, porque é necessário também o tratamento da água, e a interceptação de esgotos.