A Secretaria de Estado de Educação (SEE) concluiu a investigação sobre o erro de grafia da cidade de Ribeirão das Neves publicado na edição jornal Minas Gerais de 7 de setembro. Na ocasião, o nome do município foi substituído três vezes por "Ribeirão das Trevas". Quatro pessoas foram punidas pelo caso, porém, o servidor que escreveu ou alterou o texto não foi identificado por causa de um erro no sistema. Na área onde o documento foi elaborado, o acesso nos computadores não era feito com senhas, por isso apenas a máquina onde o texto foi feito foi identificada. O sistema já foi corrigido.
O erro foi originado na Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, que coordena as escolas estaduais localizadas no município de Ribeirão das Neves. Uma das pessoas responsabilizadas foi o servidor que faz revisão dos textos. Ele não teve o nome divulgado. De acordo com a Secretaria de Educação, Ana Lúcia Gazzola, essa pessoa tinha a obrigação de verificar o erro na grafia. “Essa pessoa verificou o arquivo, imprimiu e assinou o espelho. No momento em que assina, ela atestou o erro. Não posso dizer que essa pessoa alterou ou digitou errado, mas tinha a obrigação de corrigir”, explica a secretaria.
Para a secretaria, o erro de grafia foi feito propositalmente por um servidor. “Tenho certeza que foi um erro intencional. Não acho que era para denegrir o Município. Acho que foi uma brincadeira leviana ou uma tentativa perversa para prejudicar o colega. Todos achamos isso, mas não temos como provar quem fez”.
Sistema falho
Por causa do erro, foi identificado que o sistema da Superintendência e em outras três continha um erro. “A rede nesses locais era aberta. Não haviam implantado as senhas de acesso, por isso conseguimos identificar a máquina e não a pessoa que escreveu. Esse problema já foi corrigido”, diz a secretaria.
O processo de investigação foi enviado para a Prefeita de Ribeirão das Neves, Daniela Corrêa Nogueira Cunha. Para Gazzola, o erro de grafia não foi apenas um desrespeito para os moradores da cidade. “O que aconteceu é intolerável. Não pode acontecer. Tomamos todas as evidências para tentar provar. É um desrespeito não só para Ribeirão das Neves e os moradores, mas também para os servidores público e para nós da Secretaria de Educação”, comentou.