Já está na Penitenciária Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, o ex-delegado da Polícia Civil Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, que teve a sua expulsão da Polícia Civil publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nessa quarta-feiraDe acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Toledo deu entrada na unidade, que conta com uma ala destinada a ex-agentes de segurança pública que se envolveram em atividades criminosas, às 7h30
O ex-delegado, que desde abril está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto, Leste de BH, responde a processo pela morte de Amanda Linhares dos Santos, de 17 anos, com quem tinha um caso amorosoMas o desligamento dele da corporação se deu pelas investigações da Corregedoria da Polícia Civil de fraudes de que é acusado de praticar quando esteva à frente da delegacia do Detran, em Betim, na Grande BH.
A corregedoria pediu a exoneração de Geraldo do Amaral Toledo Neto por “transgressões disciplinares” cometidas entre 2005 e 2007 no Detran em BetimNo processo sobre a morte de Amanda, em que Toledo Neto sustenta a versão de suicídio, ele responde por homicídio duplamente qualificado e fraude processual, por tentar esconder provasMais cinco pessoas, entre as quais uma ex-advogada do acusado, também foram denunciadas pela fraude processual.
Durante as apurações da corregedoria relativas ao Detran de Betim, Geraldo Toledo chegou a ser preso em São Joaquim de Bicas, acusado de receptação, formação de quadrilha e falsidade ideológicaDesde 2002, ele já respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículosSomente agora a comissão confirmou que ele providenciou o registro e licenciamento de duas motocicletas com motores e chassis de procedência irregularesUm dos veículos tinha chassi com registro de roubo em outro estado.
Quando Amanda foi baleada, Toledo Neto já respondia a nove sindicâncias, 10 inquéritos e dois processos administrativos na corregedoriaEle havia sido indiciado por lesão corporal contra a adolescenteNatural de Pouso Alegre, o delegado atuou também na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e na de Atendimento à Pessoa Deficiente e ao Idoso.
Homicídio
O crime contra a adolescente foi em 14 de abril
A Justiça chegou a determinar que o policial não poderia se aproximar de AmandaPorém, a advogada dele, na época, informou que seu cliente não chegou a ser notificado da decisãoPela versão do delegado, Amanda se matou, mas provas periciais derrubam essa hipóteseExames residuográficos nas mãos dela não acharam vestígios de pólvora