Jornal Estado de Minas

BRT terá 293 pontos com radares em sistema de rodízio

Objetivo será coibir invasão de faixa de ônibus e avanço de sinal a partir de fevereiro do ano que vem

Guilherme Paranaiba
Dobrar o número de radares em Belo Horizonte assim que o sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, da sigla em inglês) estiver funcionando, em fevereiro do ano que vem
Essa é a expectativa da BHTrans para garantir que o sistema batizado de Move tenha bom desempenhoOntem foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) o edital para contratar uma empresa que implantará equipamentos eletrônicos para fiscalizar 153 pontos, além dos 97 já cobertos por radaresOs locais de fiscalização estão na área de abrangência do novo sistema de transporte coletivo, distribuídos em avenidas como Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado e região centralAlém dos 153, serão fornecidas estruturas para controle eletrônico em outros 140, possibilitando a cobertura em 293 locais em sistema de rodízio.

Os radares controlarão excesso de velocidade, invasão de faixa exclusiva de ônibus do BRT e dos coletivos que complementam o sistema, e avanço de sinal, que terá o maior número de pontosSerão 76 cruzamentos vigiados dia e noite pelos olhos eletrônicos, além dos 40 que já contam com essa tecnologia.

Os novos aparelhos serão implantados exclusivamente nas pistas de tráfego misto, áreas destinadas a veículos pequenos, e nas vias do CentroSegundo a BHTrans, o número de equipamentos por ponto dependerá da tecnologia usada pela empresa vencedora da licitação anunciada ontem.

Os controladores de velocidade e de avanço de sinal estarão espalhados em pontos nas avenidas Pedro I, Pedro II, Antônio Carlos e Cristiano MachadoJá os quatro equipamentos com dupla função (velocidade e avanço de faixa exclusiva) serão instalados na Avenida Vilarinho, em Venda NovaOs de invasão de pista exclusiva para ônibus serão distribuídos em ruas como Curitiba e Oiapoque e avenidas como Augusto de Lima, Alfredo Balena e Pedro IIEles vão repetir o sistema já usado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, com faixas exclusivas, porém, sem separação físicaNa Rua Curitiba, por exemplo, haverá radares antes e depois de pontos de embarque e desembarque de passageiros, para tentar evitar o que ocorre na Nossa Senhora do Carmo, onde motoristas que sabem onde estão os equipamentos acabam invadindo a pista antes ou depois deles.

CONSCIENTIZAÇÃO Para o professor do curso de pós-graduação em engenharia rodoviária da Fumec Luiz Carlos Soares, os radares são importantes, mas são apenas parte de um sistema complexo: “Eles devem ser complementares à fiscalização dos agentes na rua, para evitar problemas como o da Nossa Senhora do Carmo, e favorecer a conscientização dos motoristas”.

De acordo com o edital dos novos radares, o valor a ser investido com a assinatura do contrato não pode ultrapassar R$ 63,2 milhões
Se não houver pendências judiciais, a expectativa é que  o Move e os equipamentos comecem a operar em fevereiro de 2014, com o novo sistema de transporte coletivo