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Estado de Minas

Motorista pode ter inventado que filho de 2 anos foi levado por ladrões para mobilizar PM

A PM ainda está mobilizada na busca pelo menino que estaria no Ford Ka preto, placa HNE 9515, mas já trabalha com a hipótese de falsa comunicação de crime


postado em 21/10/2013 08:42 / atualizado em 21/10/2013 12:56

Uma reviravolta sobre o caso do menino de 2 anos que teria sido levado por ladrões dentro do carro do pai no Bairro Nova Pampulha, divisa de Belo Horizonte com Vepasiano. De acordo com o comandante da 3ª Região da Polícia Militar (PM), coronel Alexandre Alves, há suspeita de que o pai, Richardson Alexandre da Silva, 30 anos, tenha comunicado um falso crime. Ele pode ter inventado que havia uma criança no veículo para acelerar o trabalho da PM e mobilizar a corporação na busca pelo Ford Ka preto, placa HNE 9515.

O veículo foi roubado por volta de 21h30 de domingo, na Rua 16, quando Richardson desceu na porta da casa do sócio. Ele saiu para conversar e foi surpreendido quando viu o carro descendo a rua. Ladrões aproveitaram a distração do motorista para levar o Ford Ka. O dono do veículo ligou para a PM dizendo que o filho estava sentado na cadeirinha e um grande efetivo policial, inclusive o serviço de inteligência da corporação, foi mobilizado para a ocorrência.

Na manhã de hoje, o coronel Alves informou que está apurando a possibilidade de falsa comunicação de crime. “Estamos levantando informações e seria precipitado confirmar. Por enquanto, estamos tratando como se houvesse a criança e empenhados na busca”, afirma o militar.

A coronel Cláudia Romualdo, comandante do policiamento da capital, também havia mobilizado equipes de BH na busca pelo carro. Segundo ela, a ocorrência foi tratada com prioridade máxima pela PM. Se ficar confirmado a falsa comunicação de crime de Richardson, ele pode ser preso.

"Sumido"

De acordo com o coronel Alves, militares foram até o endereço do furto na manhã de hoje e não encontraram testemunhas. Nem mesmo o sócio de Richardson estava em casa. Sobre a mentira do motorista, a suspeita está cada vez maior. “Estamos tentando localizá-lo, mas não está fácil. Ele está sumido. Temos fortes indícios de que essa criança não existe ou pelo menos não estava envolvida no delito”, conclui o comandante.


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