O tenente-coronel José Anchieta Machado, comandante do 25º Batalhão da PM, informou que foi instaurado Inquérito Policial Militar (IPM) na sexta-feiraSegundo ele, no dia 15 o procurador representou no Ministério Público estadual de Sete Lagoas contra os policiais envolvidos na ocorrênciaDois dias depois ele tomou conhecimento das denúncias e determinou a apuração.
O procurador foi abordado por um sargento e dois soldadosUm militar disse ter sido agredido e procurou atendimento médicoDiante do conflito, um tenente acompanhou o desenrolar da ocorrênciaJosé Anchieta não quis revelar detalhes do boletim de ocorrência, em que José Aluísio foi levado para o plantão da Polícia Civil acusado de desacato“Há duas versões e vamos apurar no IPMNão vamos passar a mão na cabeça de ninguém”
Já a Polícia Civil abriu investigação, depois que tomou conhecimento das denúncias na Assembleia
Em depoimento na Comissão de Direitos Humanos, Aluísio contou que na noite do feriado, depois de quase ser atropelado pela viatura da PM, recebeu socos e pontapés, mesmo algemado e amarrado“Tentei me identificar como servidor público, mas a resposta eram agressões verbais e humilhações”, afirmouEle acrescentou ainda que, na delegacia foi lavrado boletim de ocorrência inverídico e a tortura teria continuado“O delegado e o detetive que me receberam voltaram a me algemar, atiraram spray de pimenta nos meus olhos e boca e se negaram a colher meu depoimento”, alegou o procurador, que disse ter sido obrigado a assinar um termo de soltura, dizendo que não tinha sofrido agressões.