O novo dono, um oftalmologista, que ainda prefere o anonimato até concluir o negócio com os 15 herdeiros, revelou ontem ao Estado de Minas que a compra é um investimento que não vai reduzir a importância cultural e histórica do Bar do Bolão
O médico disse que ainda não tem um plano concreto para atividades no casarão, porque qualquer intervenção precisa de autorização do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH), onde tem uma reunião marcada na semana que vemEle informou que ainda não acertou detalhes de aluguel com os inquilinos José Maria Rocha, o Bolão, e seu irmão, Sílvio Eustáquio Rocha, devido a compromissos com os 15 herdeiros para a conclusão da documentação do negócio, de cerca de R$ 2,5 milhões“O valor é nessa grandeza mesmoO trâmite burocrático demora e, por isso, não negociei nada com os inquilinos”, disse.
REFERÊNCIA
Mesmo assim, o novo proprietário confirmou o que já havia garantido aos irmãos do bar: não vai tirá-los de lá, pois fazem parte de um ponto de referência da região“Essa transação adquiriu visibilidade, pois alguns interessados disseram querer acabar com o estabelecimento”, salientouO médico afirmou que sua intenção é recuperar o imóvel, que será administrado por sua empresa“Deixo claro que não tenho um projeto, exceto muito respeito pelo prédio e pela família que o aluga há 50 anos”, concluiuEle informou que pretende usar uma parte da casa que está murada.
Agora que tem o aval do oftalmologista, um dos sócios do bar, Sílvio Rocha, disse que pretende fazer modificações no casarão, que ficaram pendentes“Ficamos esperando essa decisão