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Estado de Minas

Tiro que matou professora durante assalto em Uberaba partiu da arma de um PM

Polícia Civil da cidade confirmou a informação em entrevista coletiva nesta quarta-feira. Ainda faltam exames para a conclusão do inquérito


postado em 23/10/2013 11:21 / atualizado em 23/10/2013 11:27

Partiu da arma de um policial militar o tiro que atingiu a professora Natálya Dayrell Carvalho, de 28 anos, morta durante um assalto no início deste mês na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A informação foi divulgada hoje pela Polícia Civil da cidade, em entrevista coletiva.

De acordo com o delegado João Francisco Oliveira, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade, responsável pelas investigações, a origem da bala que atingiu o coração da vítima foi confirmada por meio de um exame realizado pelo Instituto de Criminalística de Belo Horizonte. “A arma do PM foi apreendida na data do fato e encaminhada, juntamente com o projétil extraído do corpo da vítima. Foi feita a perícia balística, que provou que a arma (de onde partiu o disparo) é do militar. Ele se encontra trabalhando, não foi afastado”, explica o policial.

O inquérito que investiga o caso ainda não foi concluído. A polícia ainda aguarda o laudo de local – com as informações colhidas pelos peritos onde o crime ocorreu, como manchas de sangue, cápsulas e projéteis recolhidos -, e a reconstituição do crime, que deve ser realizada na próxima semana. “Quando tivermos todos os documentos veremos se vamos indiciá-lo (policial militar) por homicídio culposo ou doloso, se ele agiu em legítima defesa”, afirma Oliveira.

Os dois suspeitos de envolvimento na troca de tiros no dia 1º de outubro já estão presos. Eles podem responder por tentativa de latrocínio ou roubo consumado qualificado. Ainda de acordo com o delegado, quando foram presos, os eles apresentaram uma arma de fogo que teria sido usada no dia do crime. Ela também foi encaminhada à perícia para comparação com as cápsulas achadas no local. O resultado deste exame ainda não está disponível.

A assessoria de comunicação da 5ª Região da Polícia Militar, responsável por Uberaba, confirmou que o policial continua em serviço e é alvo de um procedimento administrativo em andamento. Com a confirmação da autoria do disparo, ele será ouvido em sindicância pela Corregedoria da PM e deverá aguardar o resultado do inquérito da Polícia Civil.

Entenda o caso


O crime aconteceu em um bar no Bairro Abadia, onde a professora estava acompanhada de um amigo. Por volta das 23h, dois homens armados entraram no local e anunciaram o assalto. Natália e o rapaz conseguiram sair e correram para outra rua, se escondendo atrás de um carro. Os ladrões recolheram os objetos das pessoas que estavam no estabelecimento, e fugiram.

No entanto, um policial militar à paisana perseguiu os homens e se identificou. Logo em seguida, os assaltantes começaram a atirar. O militar revidou os disparos e, na fuga, os homens foram para a mesma rua onde Natálya se escondeu. Ela não sabia que o carro onde tentava se abrigar pertencia aos criminosos.

A bala que atingiu a professora entrou pelo ombro e parou no coração. Ela chegou a ser levada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, mas morreu. O amigo dela não se feriu. O policial militar permaneceu no local e teve a arma recolhida. Os dois suspeitos do crime foram detidos posteriormente. (Com informações de Thiago Lemos e João Henrique do Vale)


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