A Polícia Civil de Minas Gerais se posicionou a respeito da informação de que dois suspeitos da execução do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, de 37 anos, na noite de terça-feira na Região da Pampulha, já teriam sido identificados.
Conforme o Estado de Minas publicou nesta quinta-feira, uma fonte da Polícia Civil informou que os homens foram identificados por foto por uma pessoa que viu ambos conversando com a vítima na noite antes do crime. Ainda segundo a reportagem, a possibilidade de o criminalista ter sido morto por clientes ou ex-clientes também é investigada.
Diante da veiculação de informações dando conta de que a Polícia Civil já teria identificado os autores do assassinato do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, o Chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Vagner Pinto, esclarece que a equipe responsável pelo caso não possui, até o momento, elementos capazes de sustentar juridicamente qualquer das quatro linhas de investigação em curso e, muito menos, apontar nomes dos envolvidos.
Segundo Vagner Pinto, diferentes testemunhas, em diferentes circunstâncias, apontaram pelo menos quatro suspeitos de praticar o homicídio. Sendo assim, o trabalho da Polícia ainda é o de checar essas informações a fim de confirmar a autoria e motivação para o crime.
Por isso mesmo, conforme destaca o chefe do Departamento, nem sequer foi solicitado à Justiça mandado de prisão contra qualquer suspeito. Segundo Vagner Pinto, o delegado Rodrigo Bossi, da Delegacia de Homicídios da Regional Noroeste, responsável pelo caso, analisa as imagens do circuito de TV do prédio onde morava o advogado, ouve testemunhas e reúne variadas informações visando o esclarecimento do caso.
O chefe do DHPP informa também que não há confirmação sobre a ligação do homicídio com o furto de armas numa companhia da Polícia Militar de Minas Gerais, embora a hipótese também não possa ser descartada, tendo em vista que os executores do advogado utilizaram armamento exclusivo do Exército e das polícias Civil e Militar.
Entenda o caso
Jaimie Eulálio de Oliveira foi assassinado na noite dessa terça-feira. Jayme se preparava para entrar com seu Ford Fusion na garagem do edifício localizado na Cecília Fonseca Coutinho quando foi fuzilado. A polícia acredita que tenham sido disparados mais de 40 tiros contra ele. Cápsulas de pistola calibre 40 e de fuzil 356, de uso restrito das Forças Armadas, ficaram espalhadas pela rua.
Pessoas próximas ao advogado disseram à polícia que ele atuava, principalmente, na defesa de traficantes. Jayme atuava também na defesa de policiais militares na Justiça Militar de Minas Gerais. O crime ocorreu por volta das 19h15. Uma testemunha disse aos policiais que a ação foi muito rápida e que viu dois homens fugindo em um carro.