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Estado de Minas

População denuncia estuprador que ataca mulheres no Bairro Dona Clara

Entre as vítimas há várias adolescentes, algumas atacadas a caminho da escola. Polícia Militar já está à procura do criminoso


postado em 24/10/2013 12:50 / atualizado em 24/10/2013 13:53

Estudante criou imagem para divulgar o caso na internet após ouvir relatos de amigos(foto: Reprodução/Facebook)
Estudante criou imagem para divulgar o caso na internet após ouvir relatos de amigos (foto: Reprodução/Facebook)


Uma série de ataques a adolescentes e mulheres no Bairro Dona Clara, Região da Pampulha, em Belo Horizonte, fez com que a população se mobilizasse por meio das redes sociais para tentar identificar o motociclista que vem agindo na região e chamar a atenção da polícia para os casos.

Uma imagem publicada no Facebook denunciando os 10 ataques que teriam acontecido somente nesta semana já teve mais de 1.700 compartilhamentos desde a sua publicação, na quarta-feira. Ela foi criada pelo estudante Gustavo Dias, de 22 anos, que soube da situação pelos amigos. “Pelos meus contatos, nós tivemos relatos de mais de 10 casos nos últimos três dias mas, a partir da divulgação da imagem que a gente fez na rede social, a gente descobriu que o rapaz já vem atuando há cerca de 20 dias”.

Segundo ele, as vítimas disseram que o homem age principalmente nas proximidades de uma escola particular e outra municipal do bairro, passando a mão nas partes íntimas nas alunas nos horários de entrada e saída dos estudantes. É um homem branco, alto e forte, que anda em uma motocicleta preta com parte da numeração e das letras da placa ocultas. A partir dos relatos, os moradores do bairro começaram a mapear as câmeras de segurança. Uma das vítimas teria conseguido uma imagem do homem.

Uma adolescente, que não será identificada, contou que foi atacada a caminho da escola na manhã de quarta-feira. “Eu estava caminhando no quarteirão da escola, uma moto passou na esquina, continuou seguindo reto e parou. Ele (agressor) desceu da moto e esperou eu passar na frente dele.” Logo em seguida, o homem a agarrou. “Ele me soltou por conta própria, subiu na moto e foi embora. Ele estava rindo”, diz. Assustada, ela seguiu para a escola e contou o fato para a diretora, colegas e um policial que fica na instituição. Segundo a estudante, outras meninas também foram vítimas do homem no mesmo dia. Ela disse que ainda vai procurar a polícia civil.

Além do Facebook, Gustavo dias usou o Twitter, por meio da hashtag #estupradornodonaclara para divulgar os casos. “Houve o relato de uma abordagem a uma menina de 12 anos e à mãe dela que estavam caminhando, e também a várias meninas de 15 a 17 anos. É interessante que a gente veja tantos relatos e a polícia não tem conseguido (localizá-lo). Então eu fui atrás da informação e nós descobrimos que somente uma pessoa fez denúncia à Polícia Militar. As pessoas, não sei se por medo ou para se preservarem, acabam não relatando”, explica o jovem.

O Bairro Dona Clara é de responsabilidade da 16ª Companhia do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM). Segundo os policiais, foi feita uma ocorrência referente ao fato ontem e todas as viaturas do batalhão estão voltadas para a identificação do homem. Ainda segundo a PM, a viatura da Patrulha escolar e outra guarnição que atua no Bairro Jaraguá, próximo ao Dona Clara, estão fazendo ronda periodicamente no entorno das escolas. Durante o registro da ocorrência na quarta-feira, as pessoas que ligaram para o 190 relatando outros casos de abuso foram direcionadas para a delegacia de Polícia Civil onde o caso estava sendo registrado.


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