O objetivo é discutir as implicações que a saída do lar adotivo podem causar à menina e a desvalorização da adoção“A grande preocupação é a criança, jogada pra lá e pra cá como uma bolaVai ser uma morte psíquica para ela e isso é graveEla tem referências dessa família, pela qual é protegidaÉ um estupro psicológico”, diz
Ela disse que várias famílias candidatas à adoção já procuraram os 125 grupos que a entidade representa com medo de enfrentar situação semelhante“A decisão abre um precedente, o que é uma apunhalada na adoçãoEstamos trabalhando há 20 anos por uma nova estrutura e vem esse banho de água fria”, explica
liminar A Angaad considerou a decisão uma “justiça desumana”, que prioriza os pais biológicos, sem preocupações com o melhor interesse da criança
Suzana Schettini detecta falhas do Judiciário no caso: “O promotor decidiu pela destituição do poder e desistiu dos pais biológicos, que recorreramLevou muito tempo para isso ser julgadoÉ muito tarde para eles, a menina não pode pagar pelo erro dos paisEstão usando-a como bode expiatório.” A presidente da Angaad lembrou que a visibilidade negativa vai complicar mais ainda o processo de adoção, que já é lento no Brasil
Ela explicou que atualmente há no país aguardando acolhimento 45 mil crianças e 5 mil delas poderiam ser adotadas
falhas Participam amanhã da audiência na ALMG o desembargador José Tarcizio de Almeida Melo; o juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Contagem, Tiago França de Resende; e o procurador de Justiça Paulo Roberto Moreira Cançado, além dos pais adotivos de M.E.“Eles privilegiam os genitores em detrimento do bem-estar da nossa filhaVamos levantar essa falha, de que a criança está sendo vítima”, disse o empresário Válbio Messias da Silva
Seus advogados devem entrar na Justiça com um agravo regimental, para tentar interromper o processo de retorno da criança aos pais biológicosA adaptação de cinco meses, determinada pela Vara de Infância e daJjuventude de Contagem, deverá ser iniciada nesta semana.