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Estado de Minas

Médicos têm pior aprovação no Revalida

De 1.595 médicos formados no exterior que fizeram o exame neste ano, apenas 155 (9,7%) seguirão para a segunda etapa


postado em 29/10/2013 06:00 / atualizado em 29/10/2013 07:15

Do total de 1.595 médicos formados no exterior que fizeram o exame Revalida neste ano, apenas 155 (9,7%) seguirão para a segunda etapa da prova. É o menor percentual já registrado nessa fase do exame. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG), Itagiba de Castro Filho, afirma que o resultado reforça a necessidade de que os profissionais graduados fora do Brasil inscritos no Mais Médicos tenham o diploma revalidado, o que não é exigido pelo programa.

Em 2011, quando o Revalida foi oficializado, o percentual de aprovados na primeira fase foi de 14,2%. No ano seguinte, o índice foi de 12,5%. Composta por 110 questões objetivas e cinco discursivas, essa é a etapa que elimina a maior parte dos inscritos. O exame federal é usado por 37 universidades públicas para a revalidação do diploma de medicina

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame, adiou por duas vezes a divulgação do resultado. Inicialmente prevista para 11 de setembro, a lista de aprovados foi adiada para 26 de setembro e, em seguida, para ontem, quando o resultado foi divulgado apenas no fim da tarde.

MAIS INSCRITOS Integrantes do governo chegaram a associar o atraso à tramitação no Congresso Nacional da medida provisória que criou o Mais Médicos. Um resultado negativo no exame, avaliaram, poderia tumultuar o debate no Legislativo. Mas o Inep nega haver relação entre o adiamento da divulgação do resultado e o programa federal. O instituto sustenta que o motivo foi o volume de inscritos nesta edição: houve um aumento de 75,5% em comparação com o ano passado.

Uma das principais polêmicas do programa federal que visa a aumentar a presença de médicos no interior e em periferias de capitais é a permissão para que profissionais formados no exterior atuem no Brasil sem revalidar o diploma. Na análise do presidente do CRM-MG, a baixa taxa de aprovação mostra que muitos médicos graduados no exterior não têm competência para trabalhar no Brasil. “O exame tem uma finalidade muito clara: garantir qualidade para permitir que o profissional atue no Brasil. Não temos preconceito de que os profissionais do Mais Médicos sejam incompetentes, mas não temos certeza sobre sua formação. Nem o governo tem”, afirma Itagiba de Castro. “Não exigir revalidação do diploma é um desrespeito com a população brasileira”, reforça.

Os 155 médicos aprovados na primeira etapa do Revalida passarão ainda por nova fase do exame. No fim de novembro eles farão prova prática em Brasília e só então o resultado final será divulgado. No ano passado, do total de 884 candidatos que fizeram o exame, só 8,7% puderam revalidar o diploma. Em 2011, o percentual foi de 9,6%. (Com agências)


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