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Estado de Minas

Circuito Cultural da Praça da Liberdade conta com patinete para atrair visitantes

Em patinetes mecânicos, dois estudantes andavam a 20 km/h à procura de novos visitantes para o circuito cultural da praça


postado em 29/10/2013 06:00 / atualizado em 29/10/2013 07:22

Funcionários de museus, Pedro e Raquel usam o segway para divulgar as atrações(foto: Ângelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)
Funcionários de museus, Pedro e Raquel usam o segway para divulgar as atrações (foto: Ângelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)

 

Em dia de feriado para o funcionalismo público, o calor levou dezenas de pessoas ontem à Praça da Liberdade, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde dois personagens chamaram a atenção dos frequentadores. Em patinetes mecânicos, os estudantes Raquel Alice Moreira, de 19 anos, e Pedro Henrique Martins Torres, de 20, andavam a 20 km/h à procura de novos visitantes para o circuito cultural da praça.

O equipamento, chamado de segway, despertou a curiosidade de muitos, que abordavam a dupla e saíam com informações sobre os nove museus que integram o complexo. A forma inusitada de divulgação foi inaugurada na semana passada e já ganhou fãs: “Só tinha visto isso em filme”, afirmou, surpresa, a assistente comercial Lívia Câmara, de 28.

Os jovens passaram por um treinamento de um mês para aprender a conduzir os patinetes, comandados pelo corpo do condutor e à base de bateria. Pedestres já perguntaram se era possível alugar o segway, e um taxista chegou a parar o carro só para saber onde conseguia comprá-lo. Os estudantes se divertem com esses casos e aproveitam para revelar as exposições abertas aos curiosos. “Somos mais abordados do que abordamos. Muitos não sabem que a entrada é gratuita”, conta Raquel.

INfORMAÇÃO Ela e o colega trabalhavam na central de informação e se ofereceram para a tarefa. Segundo Pedro, a ideia é diferenciada e já conseguiu novos visitantes para os espaços, como a secretária Deiliane Oliveira, de 18, que passa todos os dias pela praça, mas não sabia do circuito. “Venho aqui sempre com pressa e nunca prestei atenção no que há em volta”. Seu colega, o representante comercial Josué Furtado, de 19, diz que teve o estímulo que precisava para conhecer os museus. “Achei muito bom. Agora vou poder ir a lugares que nem sabia que existiam”, explicou.

A falta de informação foi o principal problema apontado pela professora de inglês Priscila Rocha, de 29, para a pouca visibilidade do complexo. Ela tem o hábito de passar as tardes em um banquinho da praça, lendo um livro, e mesmo assim ainda não visitou todos os espaços. “A gente não sabe o que tem em cada museu. É uma novidade que vai chamar mais pessoas”, diz.

A gerente-executiva do circuito, Cristiana Kumaira, confirma que desde o início do ano há atividades para melhorar o acesso do público à programação: “Essa não é uma ação pontual, mas um serviço que deve ser permanente. Vamos pessoalmente àqueles que transitam pela Praça da Liberdade, sejam moradores ou turistas”. A aposentada Nymmia Rosa, 71, não hesitou em pegar dois folhetos com os jovens e chamou os afilhados e sobrinhos para um passeio cultural.


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