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Estado de Minas O PRIMEIRO EMPREGO

Instituto sem fins lucrativos capacita e insere jovens no mundo do trabalho

Só no ano passado, o Espro atendeu cerca de 18 mil pessoas no país


postado em 29/10/2013 06:00 / atualizado em 29/10/2013 06:49

Jovens aprendizes durante aula do curso de assistente administrativo do Instituto Espro(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Jovens aprendizes durante aula do curso de assistente administrativo do Instituto Espro (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)


 

Minas Gerais tem posição de destaque quando o assunto é a contratação de jovens aprendizes. O estado ocupa o segundo lugar na Federação entre os que mais deram oportunidades de ingresso no mercado de trabalho a pessoas nessa faixa etária. Dos 88.937 aprendizes contratados de janeiro a julho deste ano no país, 14.851 foram mineiros, o que representa 16,6%. O estado perde apenas para São Paulo, que inseriu 18.655 jovens e adolescentes em postos de trabalho, ou seja, 20,9% do total.

Os dados de Minas mostram mais do que pessoas trabalhando. “São oportunidades criadas pelas empresas para jovens e adolescentes conseguirem a oportunidade do primeiro emprego e posterior ascensão profissional”, explica Margareth Pinto, gerente do Ensino Social Profissionalizante (Espro). A instituição sem fins lucrativos capacita e insere jovens no mundo do trabalho.

As aulas trazem a rotina e os desafios do dia a dia no ambiente profissional - Thainara de Souza e Silva, de 16 anos(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
As aulas trazem a rotina e os desafios do dia a dia no ambiente profissional - Thainara de Souza e Silva, de 16 anos (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Depois de passar pelo curso Qualificar, do Espro, e aprender as posturas compatíveis às exigências do mundo do trabalho, a efetivação no emprego é a próxima meta da estudante Thainara de Souza e Silva, de 16 anos. Atualmente, ela trabalha como jovem aprendiz na Universidade Fumec, no Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e uma vez por semana vai à sede do Espro para as aulas do curso de auxiliar administrativo. A jornada é pré-requisito do programa, que em 2012 atendeu cerca de 18 mil jovens no país. Na capital, cerca de dois mil adolescentes e jovens estão matriculados nos cursos do Espro. Para Thainara, a formação foi fundamental para a confiança adquirida no trabalho. “As aulas trazem a rotina e os desafios do dia a dia no ambiente profissional”, diz. A continuidade dos estudos também é meta da moça, que pretende cursar designer gráfico e publicidade na instituição onde trabalha.

O colega de curso Pedro Henrique Pereira, de 18, destaca a importância da formação. “O curso de qualificação me deu base para atuar na área administrativa da empresa em que estou há nove meses como aprendiz”, garante. Entre as formações, ele destacou o conhecimento em informática que adquiriu. No dia a dia com os alunos que buscam qualificação, o professor Ítalo Veloso diz ser impressionante a mudança de perfil dos estudantes após o curso. “O jovem que passa por aqui adquire postura diferente no mercado. É mais motivado, responsável e comprometido com o trabalho”, diz.

 

PESQUISA Do lado dos meninos, a busca por melhoria pessoal e profissional é o item que mais pesa na hora de participar de um programa de aprendizagem, como mostra pesquisa feita pelo Espro. Entre os 10.420 jovens de todo o Brasil que participaram do levantamento, 1.685 deles são de Belo Horizonte. Desses, 93% avaliam o desenvolvimento pessoal e profissional como “muito importante”. Outros dois pontos valorizados pelos jovens são oportunidade de autodesenvolvimento, com 93% das respostas grau cinco. Em seguida vem a afirmação “estar preparado para fazer escolhas responsáveis”, com respostas positivas de 93% dos jovens de Belo Horizonte.

A pesquisa mostra ainda a exigência das empresas que contratam os aprendizes. Entre as entrevistadas, 75% consideram como muito importante os critérios credibilidade e idoneidade da instituição parceira que forma o jovem aprendiz. Segundo o levantamento, é de 99% o percentual de entrevistados que avaliam que o Espro cumpre parcial e totalmente a sua missão de promover a inclusão social de jovens por meio de ações educativas como aulas, palestras e oficinas.

 

 

MINAS É O SEGUNDO NO RANKING
Aprendizes inseridos no mercado de trabalho até julho em todo o país
São Paulo    18.656
Minas Gerais    14.851
Rio Grande do Sul    8.053
Espírito Santo    5.814
Rio de Janeiro    5.528
Ceará    4.917
Paraná    3.439
Bahia    3.341
Santa Catarina    2.615
Pernambuco    2.476
Goiás    2.207
Mato Grosso Sul    2.019
Amazonas    1.996
Distrito Federal    1.665
Pará    1.653
Roraima    1.454
Mato Grosso    1.314
Paraíba    1.232
Alagoas    1.089
Maranhão    928
Sergipe    807
Amapá    678
Piauí    641
Acre    639
Rio Grande do Norte    611
Roraima    254
Tocantins    60

88.937
Total de contratos no Brasil

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego


Formação local

As perspectivas de vida de 20 jovens com idade entre 16 e 18 anos estão prestes a mudar para melhor. Eles fazem parte da primeira turma da Escola Formare Iveco, programa que trabalha a inserção social por meio da educação. A Escola Formare Iveco é um projeto da Fundação Iochpe que forma parcerias com empresas para oferecer curso de educação profissional reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Os beneficiados são jovens com renda familiar de até um salário mínimo e que estejam cursando o ensino médio.

A iniciativa busca contribuir para mudar a realidade apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada no início de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que a quantidade de adolescentes de 15 a 17 anos longe da escola aumentou, chegando a 2 milhões. “Ao investir na formação desses jovens da comunidade sete-lagoana, por meio desse importante projeto, reforçamos a cultura da Fiat Industrial em apostar no desenvolvimento sustentável das regiões onde estão suas atividades industriais. Chegar à etapa final é gratificante para a empresa”, diz o diretor de Recursos Humanos da Fiat Industrial para a América Latina, Fabrizio Milone.

Oportunidades O curso oferecido pela Iveco é para operador de montagem de veículos comerciais. As aulas são ministradas na fábrica da montadora, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, por educadores voluntários. Ao todo, 95 empregados aderiram ao programa e, durante 10 meses, ministraram aulas profissionalizantes práticas e teóricas. A proposta busca desenvolver também habilidades como comunicação, trabalho em equipe, solução de problemas, processo produtivo e cidadania. “Oferecemos aos jovens conhecimento e vivência profissional que os auxiliarão na escolha para o futuro e os tornarão cidadãos que a sociedade espera. Levando-os a considerar valores que eles carregarão para o resto das suas vidas”, comenta a coordenadora do projeto na Iveco, Maria Aline Rodrigues.

Foram aproximadamente 800 horas de estudo com aulas de segunda a sexta-feira, 13 disciplinas (entre elas higiene, saúde e segurança e operações de montagem mecânica e acabamento). Toda essa dedicação e esforço serão recompensados no futuro, como é o caso da formanda Izabela Rita Souza Nunes, de 17 anos, que depois de participar do curso conseguiu identificar sua vocação profissional. “Entrei no curso porque queria aprender mais sobre o mercado de trabalho. Hoje, sei que quero atuar na área de mecânica industrial. Já me matriculei num curso do Senai e pretendo fazer faculdade de engenharia mecânica. Aprendi muito na Escola Formare Iveco e já recomendei para amigos e familiares”, comenta.


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