(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Explosões de caixas eletrônicos crescem 26% em Minas

Número de ataques sobe em Minas em 2013, apesar de prisões e investigações sobre quadrilhas. Foram 280 casos até setembro, aumento de 26%


postado em 30/10/2013 06:00 / atualizado em 30/10/2013 07:16


A repressão a quadrilhas especializadas em explodir caixas eletrônicos, que no ano passado assustaram Minas com centenas de ataques, ainda não foi suficiente para reduzir o número de crimes do tipo no estado em 2013. Balanço da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) indica que a modalidade de assalto com uso de dinamite continua em alta este ano: foram 280 explosões de janeiro a setembro, bem-sucedidas ou não. O número é 26,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 221 casos. Em média, há um ataque por dia no estado. O caso mais recente ocorreu na madrugada de ontem em Jacutinga, no Sul de Minas. Bandidos detonaram os equipamentos de uma agência que já havia sido atacada em fevereiro.

O uso de explosivos para roubar bancos se tornou mais frequente em Minas no ano passado. Em agosto, quando o número de casos chegou a 192, a Seds anunciou a criação de uma força-tarefa específica para combater o crime. Desde então, a polícia tem feito prisões e desarticulado quadrilhas especializadas. Na semana passada, a Polícia Civil apresentou 12 suspeitos de integrar a quadrilha responsável por várias explosões de caixas eletrônicos na Grande BH e de participar de roubo de mais de 200 quilos de dinamite de uma mineradora em Sabará. Apesar das ações, os números ainda seguem em alta.

“O que posso falar é o que está sendo feito, e isso é muito trabalho”, disse a secretária-adjunta de Defesa Social, Cássia Gontijo. “Vamos insistir nesse trabalho conjunto, que é o caminho para combater toda e qualquer criminalidade, com a união de forças, policiais e da sociedade”, completou. Segundo a Seds, houve 184 prisões este ano por furto a caixas eletrônicos com uso de explosivos, 46 delas na Grande BH. Cássia Gontijo acrescentou que houve entre 20 e 30 ações policiais bem-sucedidas desde a criação da força-tarefa.

Além da Grande BH, uma das regiões que mais preocupam autoridades policiais é o Triângulo Mineiro. Segundo a Seds, 8% dos ataques a caixas eletrônicos este ano ocorreram em locais próximos de Ituiutaba. A Polícia Militar informa que houve 23 ataques na região em 2013. “O planejamento é o que está em execução. É trabalhar com inteligência, identificação e mapeamentos dos criminosos, com prevenção, com fiscalização das mineradoras e lojas de explosivos e repressão qualificada com a prisão”, disse Cássia Gontijo. Ela prevê que, na Grande BH, os ataques comecem a diminuir com a prisão da quadrilha feita na semana passada pela Polícia Civil. “A quadrilha era numerosa e responsável por grande parte dos ataques na região metropolitana e em cidades em um raio de 100 quilômetros”, afirmou.

Uma das estratégia da força-tarefa é trabalhar com prevenção. Segundo a Seds, algumas instituições financeiras já estão instalando canhões de fumaça, por exemplo. “É um mecanismo para coibir a ação criminosa. O equipamento, numa tentativa de quebra da porta ou dos terminais, é acionado e solta uma quantidade de fumaça, que não permite ao criminoso enxergar o que está fazendo”, disse Cássia Gontijo. “Entendo que a força-tarefa tem conseguido um avanço até pela manutenção do grupo, com um trabalho constante. Dessa forma, a criminalidade pode ser combatida não só pelas forças de segurança, mas com participação dos representantes dos bancos”, acrescentou.

 

 280

ataques a caixas foram registrados de janeiro a setembro de 2013

221
casos foram registrados no mesmo período de 2012 no estado

26,6%
aumento dos ataques em 2013 em comparação com o ano passado

 

 

Enquanto isso, BA e ES aderem a operação

Representantes da Bahia e  do Espírito Santo aderiram ontem à Operação Divisas Seguras, que realiza abordagens em pontos estratégicos e nas divisas de Minas. Um acordo foi assinado em reunião na capital mineira entre a cúpula do sistema de Defesa Social  de Minas e dos dois estados. Goiás e São Paulo já integram  as operações desde julho .  Além das abordagens de caráter preventivo, a operação desenvolve, por meio de uma equipe especializada, trabalho de inteligência para identificare prender criminosos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)