De acordo com a polícia, Jaílson agia de duas formas na capitalEle escolhia pessoas que estavam anunciando produtos para venda, se apresentava com documento falso, comprava a mercadoria com um cheque roubado e o vendedor só descobria o golpe depois da entrega do objeto, quando o criminoso desaparecia
O outro golpe se concentrava na compra de lotesJaílson selecionava terrenos vazios em BH e fazia contato com proprietários para conseguir os dados dessas pessoasO estelionatário confeccionava procurações falsas e passava a vender os lotes em nome deleJaílson comprava chip de celular, anunciava o terreno com esse número de telefone e conseguia concluir a venda com a procuração falsificadaEle fazia até financiamento e enquanto recebia as prestações, desparecia para fugir do comprador assim que a farsa fosse descoberta
Em todos os casos, Jaílson marcava encontros com os compradores ou vendedores no Centro de BHEra também nessa região que ele comprava os cheques falsificados
Descoberto
Em janeiro deste ano, um idosa anunciou uma cadeira de rodas elétrica por R$4 mil e foi procurada por JaílsonEle se apresentou como pastor evangélico e disse que compraria a cadeira para o paiO golpista passou um cheque falos, mas a mulher desconfiou e procurou a políciaA partir desse caso, ele ficou sob vigília da polícia
Em junho, o criminoso voltou a agir, mas também levantou suspeita de um comprador de lotes, que procurou a delegaciaInvestigadores montaram uma operação e cercaram Jaílson no Centro da capital, onde ele se encontraria com esse compradorCom o suspeito, a polícia encontrou vários documentos falsosJaílson foi preso, mas conseguiu liberdade provisória no último dia 13 de outubro
A polícia continuou a investigação sobre os golpes dele e chegou a 27 boletins relacionados aos crimes de JaílsonSegundo a corporação, ele age desde 2004 e segundo a polícia, todos os golpes somam prejuízo de maio milhão contando todas as vítimas
Histórico
Em 2004, por exemplo, Jaílson aplicou o golpe em um rapaz que vendia equipamentos musicaisEle comprou uma guitarra com cheque falso e logo depois, tentou vender o instrumento em uma loja da capitalNo entanto, o vendedor já havia descoberto o golpe e avisado para os colegas proprietários e lojas do setorQuando o estelionatário tentou passar a guitarra em um dos comércios, o dono avisou ao amigo sobre a presença do golpista, mas quando o vendedor da guitarra chegou, Jaílson já havia fugido deixando tudo para trás
Em apresentação nesta terça-feira na 4ª Delegacia de Polícia do Centro de Belo Horizonte, Jaílson assumiu que é um golpista