O advogado da família Paganelli, Gustavo Tavares Nascimento, considerou uma vitória para a sociedade a decisão“O valor mais elevado de uma indenização, em um caso de crime de trânsito, cria a ideia de punição e tem caráter educativoO Tribunal de Justiça demonstrou sensibilidade, uma vez que o acusado trafegou por dois quilômetros na contramão de uma avenida movimentada, dirigindo alcoolizado, assumindo o risco do acidente”, explicou“Não há como definir o valor da vida de um pai, uma mãe, um filhoO sofrimento da família não acaba.”
Fernando Paganelli, na época com 44 anos, seguia em seu carro em direção ao trabalho, no começo da manhã, pela Avenida Raja Gabaglia, no Santa Lúcia, Centro-Sul de BH, quando foi surpreendido pelo carro de Bittencourt na contramãoO empresário morreu no localGustavo chegou a ser preso, mas pagou fiança e foi liberadoUm dia após o acidente, ele teve a prisão preventiva decretada e se entregou, ficando por 80 dias atrás das grades
O estudante foi denunciado por homicídio doloso, considerando que ele assumiu o risco de provocar o acidente com morte, e chegou a ser pronunciadoPorém, em recurso no TJ, a defesa conseguiu desqualificar o crime para homicídio culposo, quando não há a intenção de matarO Ministério Público recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que em setembro acolheu a tese de homicídio dolosoA defesa de Gustavo Bittencourt vem tentando reverter novamente a situação, enquanto ele aguarda em liberdadeOntem o advogado do acusado, que o defende no processo cível, foi procurado, mas não quis se manifestar.