A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira o suspeito de matar a tiros o policial civil Wellington Willian de Oliveira, 43 anos, na noite da última quarta-feira. Davidson Rodrigo Gomes, 24 anos, foi preso ontem e nega participação no crime dizendo que está servido de “bode expiatório”. De acordo com o delegado Rodrigo Bossi, o investigador assassinado era dependente de crack e extorquia drogas de traficantes, por isso já estava na mira de vários criminosos.
A execução do investigador, lotado na 2ª Delegacia de Polícia Civil Centro, aconteceu Bairro Jardim São José, Região Noroeste de Belo Horizonte, área onde o policial praticava as extorsões. De acordo com o Bossi, o investigador trabalhou 21 anos na corporação, mas estava afastado desde janeiro deste ano por causa da dependência química.
A polícia conseguiu levantar a dinâmica do crime. Segundo o delegado Rodrigo Bossi, Wellington foi até uma boca de fumo procurando droga e os traficantes falaram que não tinha. O investigador foi atraído para um beco do aglomerado e no caminho acabou rendido. Um menor de 14 anos, envolvido na trama, arrancou a arma do policial, uma pt .380, e pouco depois, Davidson que também estava armado com um pistola do mesmo calibre, executou o investigador com seis tiros. O adolescente chegou a prestar esclarecimentos na Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), mas foi liberado porque não participou efetivamente da morte.
Histórico
De acordo com a Polícia Civil, Davidson Rodrigo está em liberdade condicional desde 9 de outubro, porque cumpre pena de uma condenação de 8 anos por tráfico de drogas. Ele foi autuado por homicídio e encaminhado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira. Na apresentação à imprensa, o suspeito assumiu o envolvimento passado com a criminalidade, mas nega ter matado o investigador.